segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Estranhamento...


Um dia,chegam até você,conquistam,cativam,informam com os olhos,olham no fundo e demonstram a alma em formação,buscando estruturar-se sobre verdades eternas,internas,viventes e inquietantes que nos absorvem uma entrega,um modo de vida limpo,claro,ordenado e real...

Ah,real?Considere-se real tudo aquilo que tem valor pra você,que títulos não podem vangloriar,mas a atenção e o cuidado são capazes de reconhecer...

Onde é que foi parar o meu real?

Eu o vejo brilhar vez em quando...como um espelho ao sol na mão de uma criança:se a luz chega,reflete aqui e ali...se não,nada reflete...

Quão grande é o peso de não poder ver-se livre do efêmero,de um real conturbado por ilusões...de um irreal confuso e caótico...

As pessoas não sabem o que amar,não sabem a que amar,entopem-se de mentiras usuais,despem-se da verdade,nem mesmo a busca ...quase não existe...

Se estou sendo crítica e julgando sem saber?

Assegure-se de que seus olhos estão bem abertos e veja com precisão a enxurrada de bobagens que hoje tanta gente valoriza,aquisições que dão prazer de segundos,logo são postas de lado e a frequência...ah...

A frequência...o que dura,perdura,permanece...isso pertence às grandes almas...

E eu,nem sei o tamanho da minha...

Mas sim,tenho olhos...e agora,estão abertos...e eles têm sede...

(Cuidado comigo...hahaha...eu posso muito bem cutucar os seus demônios)

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