De A a Z,a mistura de todas as palavras que se puderem formar."Um infinito de possibilidades" Eu Sou uma fortaleza que sofre ataques e se regenera por dentro.Regenerar-se,não quer dizer fragilizar-se...ou obter conquistas.Obter conquistas,não quer dizer achar-se...Não se pode ver interiormente batalhas e organizações que se ajustam conforme ordens invisíveis para "combater" o que me quer destruir...e o que me quer,evoluir.
domingo, 20 de julho de 2008
Ritual de aspersão.
Entrou e viu as flores secas cobertas pela poeira daqueles dias secos,quentes e vazios.Artificiais.
O silêncio infiltrava-se naquela atmosfera dourada e azul dos dias de sol,por entre a sombra das árvores e as brechas em cada espaço com luz.
Observou que ali estiveram mas o vento interveio e logo levou para longe o único vaso das flores que ainda tinham vida original,soterradas em um pedaço de terra,agarrando-se à seiva como quem agarra a última esperança.
Depôs suas poucas coisas rente ao chão e fechando os olhos,reviu as cenas vividas ali,junto àquela que lhe doava o sorriso gratuito e mais puro e terno de sua vida.
Tomou as flores secas por entre as mãos,arrancou-as...e levou-as até a água que jorrava.Lavou cuidadosamente cada uma delas e retirando a densa camada de poeira com as finas gotas e desajeitados dedos,deixava vir à tona tudo que tinha evitado reencontrar. O cheiro,os cantos,o lugar,a vida que passara ali. Juntou àgua ao pequeno vaso distante e o preencheu com o pedaço de terra que dele tinha sido separado, unindo-o finalmente à esperança. Balançou intensamente cada uma das flores:não mais importavam se eram artificais ou não,perduravam e ali estavam,em sua mão,pedindo cuidado,negando o abandono.
Era uma voz conhecida, que ouvira vinda de seu próprio ser, a quem por tanto tempo negligenciara,deixando-o criar raízes perante tanto abandono,pensando que cuidando de outros seres poderia alimentar-se. Mas não se alimenta nada e nem a ninguém quando se sente a própria fome escavar-lhe as entranhas. E com aqueles simples gesto,balançando ao vento aqueles ramos,sentia como se mandasse para longe tudo que lhe oprimia o espírito.Deixando a água voar, chegar ao seu destino e secar,reconciliara-se com seu passado.Reconciliara-se consigo mesma e,disposta a não mais perder-se de si deixara aquele lugar,surpreendida de que ali existissem restos mortais quando tanta vida jorrava dela.
Não muito distante dali um garoto soltava pipa.E ela dizia então a si mesma que melhor imagem não haveria para selar aquele compromisso.Ela compreendia.Estava livre,enfim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Olá...
Estou aqui pra retribuir seu carinho
e dizer que podemos ter amizade sim...
Apareça quando quiser ok.
Infelizmente estou com tempo curto
por conta da minha faculdade e
meu trabalho, mas procuro me corresponder
com meu amigos a medida que posso..
Beijos.
Thaís Penido Blog Viver
Pq Viver não tem cura...
Poderia fazer cem comentários.
Prefiro deixar sem comentários.
Lindo!
Será que você me autoriza a copiar e publicá-lo no meu blog?
Postar um comentário