sábado, 12 de julho de 2008

Sociedade em transformação


É o início do século e,como não poderia ser diferente,os conflitos entre o que foi,em outros tempos,estabelecido,e o novo(que espera encontrar o seu lugar)nos ataquem de repente,nos momentos que menos esperamos. Lidar com cada conflito é só para quem tem jogo de cintura ou,quem sabe improvisar muito bem.
Tantos subitamente me cercam,de muitos não saio ilesa,mas em todos eles procuro refletir a respeito,lembrando-me daquele já citado conceito de história que uma professora da quinta série ensinou e tão bem gravei:"estudar história é importante pois conhecer o passado nos faz entender o presente e assim,tentar mudar o futuro".
Mudar...
Quanta gente tem medo disso? Incontáveis...
Espiritualmente falando estamos em uma nova era,a de Aquário,onde somos os responsáveis por nossos atos e chegamos a um ponto de "humanidade" que devemos decidir entre transformar os nossos erros em acertos...desde os erros ambientais,quanto sociais,profissionais,familiares ou de qualquer ordem que envolva a vida.
Humanamente falando,é o caos...Pais,filhos,pessoas perdidas frente a coisas como o homossexualismo,drogas,comunicação em massa,informação rápida e tantas vezes distorcida. Engraçado é observar aqueles que têm medo de falar abertamente sobre tais assuntos,com respeito ao outro,sem tentar convencê-lo de qualquer ponto de
vista e buscar a unidade dentro de todas as diferenças.
Recentemente me vi envolvida em um debate sobre "expor-se" ou não,"manter contato" ou não ,"mostrar" ou "não mostrar" coisas pessoais em ferramentas como orkut,MSN,e por aí afora. A idéia de perdermos a privacidade,como já mostrava George Orwell em seu 1984 e o seu "Big brother" é inquietante e gritante de uma tal forma que as pessoas preferem ignorar outras,esconder o que "classificamos"como pessoal,particular, ou coletivo,geral...Apelos não faltam e existem aos montes os dramas e as desgraças de quem "se expôs" demais e acabou pagando caro por mostrar
dados pessoais nesta rede em crescente mutação. Sequestros,ameaças,infâmias,mentiras,montagens...sim,sim,sim...tudo existe.Tá,é fato.Mas e daí? Por isso devemos nos cercar de todos ao nosso redor e deixar de sermos transparentes e falar da vida por inteiro,como ela é,com alegrias,tristezas,morte,vida,problemas? É tanta desvantagem ser transparente e dar um voto de confiança aos outros e assim compartilhar e ajudar aos que passam por conflitos tão intrínsecos que não fazem idéia de como sair? Vamos então voltar à Idade Média e regredir,fechar as nossas casas como nos antigos castelos de muros altos e fortalezas,barricadas que nos permitam depois guerrear contra aqueles que "invadirem a nossa privacidade"? Será que de guerras já não estamos cheios? Por quanto tempo vamos errar?
Sempre falo em bom sensoe quanto a esse assunto não é diferente.
Se tanto me amedrontaram já por causa das "exposições" a que me submeti e também
com as "ameaças do orkut",não devo esquecer que por causa desta mesma "exposição",
muitos já me deixaram extremamente felizes por depositarem em mim confiança o suficiente para compartilhar problemas e resolvê-los,junto a mim,com menos dor e mais aprendizado.
Eu já tive medo,eu já me escondi e já andei por esta rede de forma oculta...até o dia em que comecei a observar a grandeza dos danos causados pela omissão.
Pessoas que vigiam todos os seus tipos de relacionamento com aquele ultrapassado intuito de manipular e possuir formas de punir a atitude do outro quando estas levam a qualquer outro lugar que não o ego de quem manipula...Casamentos desfeitos,confianças abaladas,quebradas...destruídas. Não é teoria,é por passar pela experiência que hoje penso:se a privacidade é extremamente importante por nos permitir a liberdade de sermos quem somos,igualmente o envolvimento com a vida e as pessoas também é. Omitir-se e preservar-se a ponto de não conhecer coisas tão vastas nesta rápida existência é,no mínimo,degradante ao ser humano,divino,mental e espiritual que existe em cada um de nós.

E como bem diz um grande amigo meu:
E um dia você constatará que tudo era simples demais, mas também constatará que não há tempo para mais nada. (ED)

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