De A a Z,a mistura de todas as palavras que se puderem formar."Um infinito de possibilidades" Eu Sou uma fortaleza que sofre ataques e se regenera por dentro.Regenerar-se,não quer dizer fragilizar-se...ou obter conquistas.Obter conquistas,não quer dizer achar-se...Não se pode ver interiormente batalhas e organizações que se ajustam conforme ordens invisíveis para "combater" o que me quer destruir...e o que me quer,evoluir.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Tênues linhas...ou : A centrada e insistente garoa.(Tema para uma suposta abstração).
Insistiam pra que levasse o guarda-chuva. -E pra quê?Ela dizia.Se a chuva nem está para cessar e nem para molhar de tudo?
Gostava de andar debaixo daqueles pingos finos e gelados que não a ensopavam,nem incomodavam. Apenas caiam, dando-lhe a sensação de que aquela chuva era a expressão mais bela de um ponto em comum entre as coisas. Um ponto que não era quente nem frio. Nem seco ou molhado, nem grande ou pequeno.
Quantas vezes temera o meio das coisas mas,principalmente das relações e sensações?
Sentia o meio como a conotação ruim da mediocridade. Como se fosse algum pecado não tomar partido algum e caminhar no meio de certas idéias.
Então um dia,descobriu a diferença. Entre tudo,todos,idéias e imaginações.
Existiam tênues linhas que permitiam ter a graça dos dois opostos. Triste era que até chegarem ali,nesta visão,demoraria muito. Mas muito mesmo. Porque a compreensão e aceitação das diferenças e ainda- o elo do comum entre elas- era visível apenas a quem abria as portas de sua sensibilidade.
Inumeráveis linhas,que tantos confundiam e faziam nós em seus novelos de ilusões. E muros. E grades com alarmantes defesas.
Linhas como as que separam o amor da dependência, a sanidade da loucura, a firmeza da estupidez, a força da arrogância, a autoridade do autoritarismo, o bom humor da seriedade. E quais eram os pontos que separavam o homem do menino,a menina da mulher?Bem,estes,talvez,fossem os mais difíceis...
Mas, ...ela agora via o ponto de intersecção. Um ponto que ela guardava na memória quando nas difíceis aulas de matemática conseguira prender sua atenção para apreendê-lo naquelas àsperas palavras do professor,que ela pensava que a perseguia. Era difícil admitir a dificuldade naquela época,mas agora não era mais.
Voltara-lhe à memória este ponto quando de uma oração veio o sentimento de encontro.
"O infinito amor de Deus flui para o meu interior e em mim resplandece a Luz Espiritual de Amor. Esta Luz se intensifica,cobre toda a face da Terra e preenche o coração de todas as pessoas com o Espírito de AMOR, PAZ, ORDEM e CONVERGÊNCIA PARA O CENTRO."Ah,como agora se tornaram claras as coisas.
Aquele centro apreendia aquelas diferenças , que eram origens de tantas brigas e desentendimentos, desordens e desarmonias. Podia guardálo dentro de si e também espalhar como quem cultiva a Nova Terra.
Mas sabia do tempo certo para as plantações.
E continuava a caminhar então, silenciosamente, entre a centrada e insistente garoa que a fazia simplificar tantas abstrações . Entre a liberdade a insistência quanto ao guarda chuva. Que ela humanamente dispensava e divina e secretamente, carregava dentro de si para guardar as chuvas de incompreensões que torrencialmente caíam por sobre ela.
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2 comentários:
Olá!
Muito obrigada pelo comentário e pelo elogio também!
Claro que pode usar o texto em sua aula, é sempre bom quando debatemos esse tipo de assunto com os jovens!
Sempre que quiser sinta-se a vontade para citar ou usar meus textos!
Qualquer coisa.
Absolutamente qualquer coisa que me lembra a chuva, é válido para me fazer bem.
Beijos Josi.
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