tag:blogger.com,1999:blog-40937467642247993962024-03-05T04:23:49.992-08:00Fortaleza da almaDe A a Z,a mistura de todas as palavras que se puderem formar."Um infinito de possibilidades"
Eu Sou uma fortaleza que sofre ataques e se regenera por dentro.Regenerar-se,não quer dizer fragilizar-se...ou obter conquistas.Obter conquistas,não quer dizer achar-se...Não se pode ver interiormente batalhas e organizações que se ajustam conforme ordens invisíveis para "combater" o que me quer destruir...e o que me quer,evoluir.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-31593541093220226162012-10-06T15:58:00.003-07:002012-10-06T16:11:31.897-07:00Quanto tempo sem passar por aqui...<br />
Quantos rumos tomam nossos anseios e opiniões, quantas mudanças a que estamos à mercê?<br />
O velho clichê a martelar dentro de mim,me dizendo que existe um tempo e um lugar a me distanciar da pessoa que fui, tornando-me alguém que hoje não reconheço.<br />
Ou sim,reconheço?<br />
Mas que talvez preferisse ignorar... pela ausência da lealdade com meus maiores anseios.<br />
Uma verdade desejosa de evitar,mas que me brota de todos os poros para um olhar mais atento.<br />
As coisas que aceitei, aquelas pelas quais me desesperei para resolver, encontrando uma zona de conforto relativamente difícil de sair...pela união que carrega em si,com as necessidades mais básicas de um ser em solidão,a aceitar as consequências de seu disfarçado conformismo.<br />
A confiança de que os destinos seriam protegidos e determinados por algo maior, arranhada pelo que a realidade proporcionou. ...Foram versos de desejos que se desvaneceram com a racionalidade malsã.<br />
Mas quem são os que não abdicaram totalmente de seu espírito livre?<br />
Deem-me seus mapas e exatas localizações, uma esperança junto às mãos...uma forma de reverter o que se fez mais forte que as nossas vontades.<br />
Sem ser doutrinada, ou convencida, apelas levemente levada à mais pura e consistente crença ,de que a liberdade existe sim, e que com ela posso ajustar meus desejos e obrigações,sem me sentir perdida, alheia ou abdicada de quem realmente Sou.<br />
A Una Visão do sentido de todas as coisas, a que me faça aceitar o desfalque dos sonhos,as consequências do que se há pra viver, através de uma lícita visão do sentido de Tudo que É e um dia poderá Ser.<br />
Uma inquietação que me transforme, e me renda à maré dos que se abandonam ,confiam e agem em Deus.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvXVT3fFc1Nfp1VWPv7tt3vC9rWHuxxXk16DzDyOFm2-ThLAqme0XrlXAssbqvZuOfxJen_xo0fx2wMBUjBiIpXEdeut629ePYRhBnh0bU_a3eOHx0QRXaoZ6VVpflVE9Qe-vW_TXCcvhm/s1600/______________________________________memories.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvXVT3fFc1Nfp1VWPv7tt3vC9rWHuxxXk16DzDyOFm2-ThLAqme0XrlXAssbqvZuOfxJen_xo0fx2wMBUjBiIpXEdeut629ePYRhBnh0bU_a3eOHx0QRXaoZ6VVpflVE9Qe-vW_TXCcvhm/s400/______________________________________memories.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-83107247453719893722011-11-02T02:50:00.000-07:002011-11-02T02:53:31.488-07:00Caminho...<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiONllPPnsNUJUCrqYf3NTWhheZSWhSYlEOnD6-aoQRcD9D4VAorZ5IV_48oggUdGYhT4hoLLzI4DtOoJBsufP2YGTVhUpuoPpxcbZwRjrOKmeN-IDa8RcSzjEvtIFiENDG5VlLHRie2417/s1600/Buda+em+olho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; height: 236px; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; width: 346px;"><img border="0" height="276" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiONllPPnsNUJUCrqYf3NTWhheZSWhSYlEOnD6-aoQRcD9D4VAorZ5IV_48oggUdGYhT4hoLLzI4DtOoJBsufP2YGTVhUpuoPpxcbZwRjrOKmeN-IDa8RcSzjEvtIFiENDG5VlLHRie2417/s400/Buda+em+olho.jpg" width="400" /></a></div><br />
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Quanto tempo,desde que o abismo se abriu e decidi olhar ao fundo,ao mais escuro, e ao mais denso de mim. <br />
Por Glória dos tempos, e Misericórdia das Mães, os degraus foram surgindo, e pude subir à tona mais uma vez,mas agora lúcida e mais preparada para subir a outros lugares,onde a vista não alcança, acima de toda superfície e todo superficial. <br />
Querer alcançar a compreensão do brilho da estrela,e conquistar meu próprio brilho,sem deixar que as sombras se transfigurem.<br />
É um propósito compreensível a poucos olhos, mas aberto aos meus. E me saber acompanhada, revestida de uma Luz que lutei por conseguir,e em parte,recebi por "Gratitude" de seres iluminados junto a mim.<br />
É poder suspirar sentindo que a Vida tem um sentido, e senti-lo, tem muito mais a ver com a humildade de um dia se entender pequena. A criança em face ao mundo, com tantas coisas pra viver...<br />
Obrigada por me permitir vislumbrar a centelha de sua Face! <br />
=)Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-5351362543564925202010-02-05T00:54:00.000-08:002010-02-04T19:09:38.288-08:00Prece em Contradição.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8qua2PykvsEdGZLBZc8umngsUD9xb432SbWwGZwGxn77XDDlpJZLGBqlYvo0cyqAczLgaAflYpynvW7o5QjJZBoApi53HObQZKefEcHZMTQrKGAGSXUUwtwHA4gDSsOnv-rf9gR_VUO2t/s1600-h/Peace+in+a+book.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8qua2PykvsEdGZLBZc8umngsUD9xb432SbWwGZwGxn77XDDlpJZLGBqlYvo0cyqAczLgaAflYpynvW7o5QjJZBoApi53HObQZKefEcHZMTQrKGAGSXUUwtwHA4gDSsOnv-rf9gR_VUO2t/s400/Peace+in+a+book.jpg" width="400" /></a></div>Está tudo errado, confusamente distante do alcance de qualquer compreensão. Eu tenho as peças e a consciência, eu pedi Sabedoria e a busquei, Eu reli as escrituras e procurei entre os homens caminhos daquela pureza um dia anunciada,como possível e palpável.<br />
De palpável, apenas meus rascunhos. Sensações que acumulei vida real afora,vida virtual adentro- desta solidão que consigo sentir em todos aqueles que converso e que por Deus, como eu gostaria de remediar.<br />
Dar-lhes os ouvidos já não basta, há naquele oco interior- o eco de uma pessoa que se desconhece,e por desconhecer-se,perde-se mais. Há mapas e nunca acasos, tudo está estreitamente enlaçado neste Universo que oprime,e exprime. E também expande. Mas poucos Encontram.<br />
Da expansão é que se nutrem nos olhos, com uma esperança, ainda que parda e mal caracterizada em tantos Filhos de Deus. <br />
Eu Sou a Filha dEle. Filha avulsa, que retruca e lastima a injustiça humana, mas a que Preserva em todo Seu ser,o Amor de Seu Pai.<br />
O que mais fazer,Senhor, para ofertar esta Luz que me lançastes quando ainda havia trevas? Por que duvidam? Escrevo palavras, respondo em diálogos, interajo nos espaços e tempos que me cabem enquanto me permites. E o que dizem? Você é Lúcida e de Opinião.<br />
Lucidez e Opinião que nunca senti tão extremamente desperdiçadas, que as busco junto ao amor, e me oferto com carinho para que faças em mim,Segundo a sua Vontade. E que a Vontade não me faça perder dos mais intrínsecos propósitos. Teus,Meus, Nossos. Que não me torne a perder das presenças que tanto quis pra mim. E, com todo respeito, Tu me negaste.<br />
Que tenhas os teus motivos,não duvido. Mas repito: Que eles não me levem a perder. Perder-me de mim,de Ti, de tudo que por esforço trancei em minha mente,corpo e espírito. Que não me Faças perder aquele breve acender,ascender ao que ontem fui, descender sempre do impossível que ainda posso ser. Se podes me fazer perder, leva-me desta indignação, disto que dói e não encontro remédios em manuais, deste temor, e ausência de resposta e sentido que vez ou outra me limitam a te questionar. Que eu não esqueça nunca,na ferida aberta,e também no alívio concedido, o quanto inquestionável És Tu. -Absoluto. <br />
E me disseram que amanhã o dia novamente irá surgir,com o Sol abrasador e quem sabe a chuva no final de uma tarde em que fiquei inerte. E Tu ,em tantos solos, plantastes as tuas Mudas.<br />
Muda estou,Muda estarei, e aqui me recolho ao desaconchego de meus pensamentos desencontrados.<br />
Piedade,Senhor. Amar,apesar de tudo, é o sinal que acabam de me acenar. Se sou Capaz,Senhor, Apenas Tu o sabes. Perdão, E que assim seja. E que Estejamos juntos quando os céus se abrirem...Amém.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSBedqbjGw7Fe3bCknLGj_yopSSe_aLpc4yTKGjStLv9MUq-mWEXe43P3YzjlXG3H54kOPVXj2t3xWnwSV00Xwbl105Z-kizFe_LPGE7phlHcnrmSwYuEmHPupQE2r-_eN0GgtViuFlsdF/s1600-h/love+-+by+karura+chan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSBedqbjGw7Fe3bCknLGj_yopSSe_aLpc4yTKGjStLv9MUq-mWEXe43P3YzjlXG3H54kOPVXj2t3xWnwSV00Xwbl105Z-kizFe_LPGE7phlHcnrmSwYuEmHPupQE2r-_eN0GgtViuFlsdF/s640/love+-+by+karura+chan.jpg" width="490" /></a></div>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-67052376105556900122010-01-18T17:31:00.000-08:002010-01-18T17:33:28.369-08:00Quem mandou acreditar em Papai Noel?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilDrmhdHY8Eolbd2fzGbdRpL7E5WK5_I5xEEpkJ1FnlwJfJwVF2EOnJQ4m0e3ocZ4Wekf9DAGeprLFvnKkZoXiFEH-8EjqsxGEv36hcG0C_0HXbzds0zfWD_gh84lFVsK19KHEvV7xrC_0/s1600-h/luzes20no20palco1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ps="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilDrmhdHY8Eolbd2fzGbdRpL7E5WK5_I5xEEpkJ1FnlwJfJwVF2EOnJQ4m0e3ocZ4Wekf9DAGeprLFvnKkZoXiFEH-8EjqsxGEv36hcG0C_0HXbzds0zfWD_gh84lFVsK19KHEvV7xrC_0/s400/luzes20no20palco1.jpg" /></a><br />
</div>Não bastasse aqueles olhares de "eu quero,mas não posso",encarava agora a sensação de impotência.<br />
-"Se eu nasci para refazer o que destruí,se estou aqui para cumprir a missão que me cabe,por que dela não me lembrar por inteiro?" <br />
Carregava as visões de seus primeiros anos. A sensação de que naquelas festas,sobrava. As provas que fazia consigo para testar o quanto era profunda sua invisibilidade. Pense que reprovava? O mestre dentro de si escancarava sua alta nota de solidão. Denunciava com seus olhos a insignificância a que estava submetida. Ou submetera-se? <br />
Naqueles tempos nasceram as vozes que a acompanhariam em cada grau dos momentos de ser invisível.Como quem incontestavelmente desacredita em sinais de reação,acolheu aos falantes.<br />
Até reagiu. Passou a observar com esforço tudo que agradava aqueles tantos olhos. Semeou esperanças de ser notada.De aparecer em uma ou outra cena que mudasse o rumo de qualquer daquelas histórias.Acabar com aquele esconderijo forçado da falta de amor. Sair à luz,por tantos caminhos. As buscas,as perguntas,as aparências e os cuidados que pareciam ser o fim do labirinto.<br />
Nada disso a resgatava daquela força que a puxava para o centro dos bastidores, o lugar privilegiado para assistir as festas da vida sem dela participar. Não conseguia ensaiar,não sabia fingir, resignara-se a ficar com olhos frustrados aceitando os grilhões de quem produzia o espetáculo.<br />
Teria estado de acordo que fosse assim quando adentrou o teatro? A raiva de não se lembrar corroía-lhe. Mas por enquanto,nada poderia fazer. Domava as feras com o torpor das luzes artificiais. Aquelas,que lhe cegavam as vistas quando por algum momento apareciam no descerrar das segundas cortinas.<br />
Nem platéia,nem atriz. Apenas o limite.<br />
Caminhar,sem olhar. Produzir,sem ver. Encenar sem nem ao menos ter conhecido direito o seu papel. Juntar fragmentos. Apresentar-se sem o público. Viver...sem que sentisse o alívio de poder encerrar aquele tão vulgar ato de não se conhecer ainda por inteiro e não poder ainda,dar-se ao luxo de ouvir palmas ao final.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFgUNNXIw-RAOIV147vKDNRw9aQY5BOvGp0-hLGlqIWve8m5X99fNlKvj0ruNtP6sSEK_BSqZdPTyxfpuGeTxrek7rUNLVQXCIQUCuWwYJ-2qk2aPOB_t5ZTX-VcAydW26d1ZKiAEMrlxj/s1600-h/revolta_gilgrossi.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" ps="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFgUNNXIw-RAOIV147vKDNRw9aQY5BOvGp0-hLGlqIWve8m5X99fNlKvj0ruNtP6sSEK_BSqZdPTyxfpuGeTxrek7rUNLVQXCIQUCuWwYJ-2qk2aPOB_t5ZTX-VcAydW26d1ZKiAEMrlxj/s400/revolta_gilgrossi.jpg" /></a><br />
</div>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-52455209632282723312010-01-11T15:56:00.000-08:002010-01-13T10:35:19.029-08:00Ver é sempre ainda...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaXxzJ5D2MXQMBVRn5uNq4wU7Rbp_0t-G3zK8UpJlNIT_65zlGJg0NDNYKa7t3GPFvgG4g15Ku91jvWDrfG_Poin3LSybFXxjxlTS0-KkoFLJf68Vkjo9all8Fkiyy-Ongny9amYAG3ldn/s1600-h/Forest+Man+Walking+cortado.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 246px; height: 315px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaXxzJ5D2MXQMBVRn5uNq4wU7Rbp_0t-G3zK8UpJlNIT_65zlGJg0NDNYKa7t3GPFvgG4g15Ku91jvWDrfG_Poin3LSybFXxjxlTS0-KkoFLJf68Vkjo9all8Fkiyy-Ongny9amYAG3ldn/s400/Forest+Man+Walking+cortado.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426293565053912450" /></a><br />Eu vi,aquele homem das estradas. Quando passávamos próximos à serra,notei seu andar firme e seguro. Caminhava como quem já havia explorado todos os centímetros do lugar,a vida animal,os perigos,a vegetação,as fontes de água pura e os alimentos mais venenosos. Trazia no olhar a serenidade de um antigo explorador. Atingiu-me no centro da alma com seu silêncio. Como quem respeita a tudo e a todos e guarda por isso,aquela presença silenciosa.<br />Era uma época em que eu não me reconhecia. Na verdade, estava a me conhecer novamente e a estruturar as pontes a vencer,as pessoas a alcançar,vidas a tocar. Deixei para trás campos imensos, pessoas mil, vales fantásticos de matéria eterna. E agora ouvia clamores daquelas tribos, esperavam de mim um retorno impossível pois eu já não era mais a mesma.<br />Grandes são os laços que nos unem aos lugares que passamos,e aos seres que nos envolveram. Quando deles trazemos lembranças tão marcadas,é como voltar àquelas vidas cerradas e saber que por trás das aparentes mudanças,das folhas que caíram,dos ciclos que se completaram, ainda estarão lá as grutas que um dia te serviram de abrigo,as enormes árvores de uma existência constante e que são sempre um refúgio. É a volta,é o chão,e não há nada melhor quando se perde o caminho. Olhar para trás e poder ver então,as tuas bússolas.<br />Mas...quando no instinto do aventureiro os lugares se tornam repisados, a inquietação por explorar novos espaços e poder chamá-los de conquistas- o move. Conhecer,olhar o não visto, tocar o que era intocável tempos atrás, dá para a alma a sensação de crescimento,um aumentar de tamanho que só quem ousa procurar o que há além dos horizontes,é que pode acender no coração a dor e a graça das partidas.<br />Explorar ,sem tirar proveito. Andar, sem deixar rastros. Alcançar topos sem querer reter as fontes,nem prender os pássaros ou colher flores e sementes que pertençam ao lugar. É a mágica de quem se entrega a viajar para as profundezas da liberdade.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYCkwogvcjaXXB3G1_NYoWE0IyGTpx8SbxCg32AmK3kOAUVZZ1YgtgY2rzd_4sQIuS5B8YRQ2oeu5w82r0sElJsuLB1O_FKNUqKWX1ujzou6Gymp9RfbNEAoTf7zDVW9JlC7lQIfu_z82h/s1600-h/Forest+10.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYCkwogvcjaXXB3G1_NYoWE0IyGTpx8SbxCg32AmK3kOAUVZZ1YgtgY2rzd_4sQIuS5B8YRQ2oeu5w82r0sElJsuLB1O_FKNUqKWX1ujzou6Gymp9RfbNEAoTf7zDVW9JlC7lQIfu_z82h/s400/Forest+10.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426294023873068978" /></a><br />O homem das estradas ainda estava ali. Embora estivesse com suas malas prontas,ainda olhou para trás. E me transmitiu,com um novo olhar,o brilho da absorção de luzes invisíveis. Ofereceu-me gratuitamente a passagem para minhas próprias descobertas e deixou o lugar como quem apresenta pistas para as desmedidas extensões de uma alma consumida pelas inexatas possibilidades de caminhar por si...<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Gh5nqqN8zyf9R7d35Pu5ljZVbgwffzb8OYBRrP3SNQ-a2RZES1JoQfm9g7JcAKjefNJwwQBCttyk8Zx5tk6rGIKEaJFAZmOuVqO8qc5-aExOa4ICc_SODdJBIysUrJHTIRUSnlDeNzRq/s1600-h/Forest+Little+girl+cortada.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 193px; height: 273px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Gh5nqqN8zyf9R7d35Pu5ljZVbgwffzb8OYBRrP3SNQ-a2RZES1JoQfm9g7JcAKjefNJwwQBCttyk8Zx5tk6rGIKEaJFAZmOuVqO8qc5-aExOa4ICc_SODdJBIysUrJHTIRUSnlDeNzRq/s400/Forest+Little+girl+cortada.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426293748510810274" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-56928501092575695492009-11-01T13:29:00.000-08:002009-11-01T13:33:18.819-08:00Um pouco,para não esquecer...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAFdsbjgMryZrNNZuBoSwQhgq5iskkzsSB8loivbZsZ3cP2TC335m8dKgb2XXoJGMsxFzjdLFrTf26ODqxFxPTP5MMaynQfbbXgCGpn-N2TPV75tW8h5BxNjs66MQ_K-t-UZqN8bn1bxY3/s1600-h/2_1245125882_solis-castle-woman-reading.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 332px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAFdsbjgMryZrNNZuBoSwQhgq5iskkzsSB8loivbZsZ3cP2TC335m8dKgb2XXoJGMsxFzjdLFrTf26ODqxFxPTP5MMaynQfbbXgCGpn-N2TPV75tW8h5BxNjs66MQ_K-t-UZqN8bn1bxY3/s400/2_1245125882_solis-castle-woman-reading.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399251354269273794" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE4eegfGPWq7Qpd8In5pCJAwS5o2g_FpTRfFsuj5o53XVPE8M1UAGI80cRD3r0K097qVtSR45TVGtfjY8hw5376epdEPwZFRa1H7mrJXuShUIf72m3fXOxf7hzCz-IQYjWhr-KfVF3Ms2B/s1600-h/pepe_lahuerta_-_arroz.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 276px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE4eegfGPWq7Qpd8In5pCJAwS5o2g_FpTRfFsuj5o53XVPE8M1UAGI80cRD3r0K097qVtSR45TVGtfjY8hw5376epdEPwZFRa1H7mrJXuShUIf72m3fXOxf7hzCz-IQYjWhr-KfVF3Ms2B/s400/pepe_lahuerta_-_arroz.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399251080480015538" /></a><br /><br /><br />Assim que nasci, recebi um nome considerado estranho,diferente: Josemaira .Uma mistura dos personagens bíblicos José e Maria, que por tanto tempo, estiveram nas cenas de minha vida. Não entendia os propósitos de minha mãe, mas dizem que alguns nomes são misteriosamente soprados no ouvido de seus pais, para que a criança receba junto à sua chance de vida, as lições e tarefas a realizar, e tudo que precisa cumprir.<br />Se isso é verdade ou mentira? Não sei ,mas procuro entender os propósitos de estar viva , os caminhos que escolhi trilhar, e aqueles que foram de alguma maneira,escolhidos para mim. Porque sim, Eu creio em um Ser maior que Sabe de Tudo o que nos acontece e nos presenteou com o livre arbítrio para seguir. Hoje sei a diferença entre Inteligência e Sabedoria, e também do puro e simples acumulo de informações.<br />Sou apaixonada pelos assuntos ligados à espiritualidade e ao auto conhecimento, mas foi lentamente que descobri que é no dia a dia,através de experiências e vivências e(sempre) na hora certa que se dão as maiores revelações. E nem tudo nos é permitido saber. Paciência: É preciso aceitar o mistério e entender que dEle brota alguma graça para a vida. Muitas coisas mudam, muitas delas são condições temporárias,mas o que é realmente verdadeiro,perdura pois: “aquilo que a memória ama fica eterno”. A duras penas aprendi a importância de dizer não e impor limites. Com um não tantas vezes se dorme de forma mais tranqüila, com a certeza de ter feito a coisa certa, e não aquilo que esperavam que você fizesse somente para agradar. Mas também descobri que, depois de dizer tantos “sins” ,ao dizer um não, você corre o risco de se tornar uma bruxa aos olhos dos que preferem a conveniência...E corre também o risco de esquecerem o que de bom você já fez. <br />Não consigo suportar mentiras ou preconceitos infundados mas sim: sou capaz de perdoar,desde que não abusem de minha misericórdia pois “a misericórdia também corrompe.” Não sou mais a favor da boa educação nem da política da boa vizinhança quando tudo que seu coração quer é dizer umas boas verdades. Para o inferno a boa educação sem sinceridade, porque é quando nos calamos diante do sofrimento alheio, que estamos permitindo que a maldade se prolifere. Detesto então a hipocrisia, a falsidade, o comodismo, gente interesseira, folgada, e os que se fazem de coitados, que não provocam as mudanças necessárias a fim de serem donas de seus próprios destinos. Afinal é sempre mais fácil culpar alguém ou alguma condição pelo seu fracasso... do que reagir.<br />Aprendi com meu melhor amigo, que podemos sim fazer a diferença na vida das pessoas. Basta ter fé, paciência, constância,perseverança e coragem para saber lidar com as frustrações. E se você não tem tudo isso, pode aprender a ter.<br />A duras penas também descobri que existem pessoas tão centradas em seu ego que não sabem olhar a necessidade daqueles que estão ao seu redor e vivem uma vida fútil e sem propósitos. Mas não devemos julgá-los pois cada um tem seu ritmo e sua maneira de adentrar os caminhos da evolução. Muitas vezes,essa maneira é a dor,que mesmo sendo “áspera”, é uma ótima professora. É preciso respeitar as limitações de cada um, já que temos as nossas próprias e estamos aqui para lapidá-las.<br />Importantes são as pessoas que nos arrancam um sorriso gratuito, que nos permitem SER quem somos, sem pressões, exigências , falsas esperanças ou secretas demonstrações de inveja. Verdadeira é a alegria que provêm das coisas simples, das conquistas que nascem de nossos esforços e que tudo que se consegue muito fácil, geralmente é desprovido de valor.<br />Hoje sei valorizar o meu nome. Não por acaso ele está ligado a nomes bíblicos. Hoje consigo ser Eu mesma, e não uma cópia do que já existe. Amo a minha liberdade, mas sei a hora de perdê-la (ou de reconquistá-la) pela tão nobre causa do amor.<br />Antes que eu vire apenas um porta retrato numa parede qualquer, que venha a vida e suas mudanças (e tudo mais)! Quero viver. Evoluir. Não apenas existir.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-26005980352526970082009-10-12T16:26:00.000-07:002009-10-12T16:33:57.224-07:00Outros tempos...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyXo8Dk1cyhZOkx6zY40ZK0C3Xh8cVnaYdFdM8MwXKHgX8qk6fYAfTJkX595LsJnj_6eyU7XXQ6fjK59rBDPHLDqxJyNoLqTWzoNXKUUopiCRYkT34IcrhOpD8ekltwk7pSSnue3Xf3laU/s1600-h/girl,photography,fall,leaves,red,hair,woman-9342a53b998b9070a328355a2ccce884_h.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyXo8Dk1cyhZOkx6zY40ZK0C3Xh8cVnaYdFdM8MwXKHgX8qk6fYAfTJkX595LsJnj_6eyU7XXQ6fjK59rBDPHLDqxJyNoLqTWzoNXKUUopiCRYkT34IcrhOpD8ekltwk7pSSnue3Xf3laU/s400/girl,photography,fall,leaves,red,hair,woman-9342a53b998b9070a328355a2ccce884_h.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5391860412725811154" /></a><br />...Então um dia, você está deitada perto da janela,e a chuva cai.<br />E olha para aquela parte em que a gente pode se debruçar...e não se importa com o descompromisso de esquecer nomes...nem mesmo de dizer aos outros quem é você.<br />A sensação de milagre simplesmente invade a tarde.<br />E você pode então sorrir...feliz, por haver compreendido todos aqueles pequenos detalhes que discorreram de uma época anterior...<br />Anterior àquela janela ali, em frente, até o momento em que se vive.<br />E tudo se torna então leve e azul, e aqueles pingos nitidamente se enlaçam com o que foi e o que será, deixando a alegria de um dia de pequenas e felizes transgressões. <br />E você pode sorrir ao se levantar, deparar-se com a bicicleta ao alcance da vista e no coração a lembrança daquilo que se leu:<br />"Mas o sonho do improvável tem nome. Chama-se "esperança".Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-77152618417468282212009-09-24T10:56:00.000-07:002009-09-30T18:46:30.800-07:00Retrocesso existencial...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilvlhns0ghYWE9oF7zBrcp65KOlACSxBdx1nn2APi2byGM-iaU7R_4JjgZxi0mTwYZj3egwKtnZVvRvTADKI97qSjNiBRu21txd37MuP2QM2DsUq_ngYlo-tyzs6H0otOVmUwdVY82acpF/s1600-h/95451508_de0d55e331.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilvlhns0ghYWE9oF7zBrcp65KOlACSxBdx1nn2APi2byGM-iaU7R_4JjgZxi0mTwYZj3egwKtnZVvRvTADKI97qSjNiBRu21txd37MuP2QM2DsUq_ngYlo-tyzs6H0otOVmUwdVY82acpF/s400/95451508_de0d55e331.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387439898591089522" /></a><br /><br />Não foi por um mero acaso que me deparei com ele. <br />Tinha por volta de uns 36 anos, e os olhos castanhos claro denotavam a reprimida (mas feliz)infância, fosse nas oscilações de expressão,fosse na instensidade da luz.<br />Quem olhasse mais profundamente, poderia enxergar as marcas de um elemento etéreo submetido a viver nas dimensões terrestres, na diminuta esfera de seres humanos dissonantes. O modo como se vestia já não realçava mais sua presença, era tido como um descaso a lidar com o mundo das relações, um sem cor que vagava como um participante qualquer de uma festa que ele não reconhecia.<br />Não que não lhe dessem importância,pois estavam sempre a citá-lo como fonte de inesgotável saber e a ouvir suas estratégicas informações. Mas estava claro que ele não sentia os motivos para comemorar. <br />Em um desses dias abafados e nublados de verão que precedem uma primavera, que o encontrei. Era um verão inusitado de sinais ininterruptos, e o pouco sol a entrar pela janela deixou-o à vontade naquele limite de conhecidos e desconhecidos.<br />Eu o via como o eterno filho. Carregava ainda as broncas e o denso vínculo estabelecido desde o útero, aceitava com extrema e autêntica resignação aquele que seria o seu universo. Interno.<br />Submerso em questionamentos e preocupações, em suas meticulosas abordagens teóricas sobre o que era a vida, em seu incessante encaixe de suas novas aquisições culturais,deixava vagar pela esfera de sua duvidosa influência os sentimentos e tendências naturais que abrigavam sua voz recortada. Atrás daquele homem, eu via a dor a cada dia compactada , dor de quem caminha com a desconfiança de viver a expressão mais contemporânea de ser alguém que não deu certo. Sabe-se lá a relatividade da expressão em um ser que já havia buscado tantos caminhos. E eu o transformava agora em matéria prima de minhas observações.<br />Via que levava seu coração nos olhos,nas mãos ,nas manias e até mesmo nas asperezas cotidianas. Era mais um a clamar por atenção,tão isolado estava do mundo dos seres comuns,mas ao mesmo tempo tão próximo, lutando intimamente para re-conhecer-se como parte daqueles sistemas que tantas vezes negava. A negação nada mais era que a ausência sentida, a vontade de pertencer ao mundo dos mortais que amam,trabalham, voltam para casa cansados mas felizes por tudo que um dia ousaram enfrentar,mudar e conquistar. Tão isolado estava das normas sociais,tão imerso com aquele mundo dentro de si, rico e pobre, de visão além... mas gestos entrecortados que não escondiam a imensa e insana solidão de um ser mas denunciavam que, o mundo que havia fora do habitual e do comum desejava,ardentemente...abraçá-lo. Vivenciá-lo e mostrar nas lacunas que somente ele percebia,o que havia de mais além daquele isolamento,o que havia de mais além daquele unir-se sem a consciência,sem a experiência, sem a eterna marca de um dia ter realmente estado só... <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPi12m1y1GTCAkiikifOmJA9pBVNdxco5sfeOm3e7L4bOjNISS1n6NPSDn0Ipl6ZFm_iM9ISZeRld8A2_wr9uvuhhxVXd2WNwMonT7P7PxdnT_5H3EN9rOLGGbQxVIZ7WVkwQUznb90mCN/s1600-h/Alone+boy.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPi12m1y1GTCAkiikifOmJA9pBVNdxco5sfeOm3e7L4bOjNISS1n6NPSDn0Ipl6ZFm_iM9ISZeRld8A2_wr9uvuhhxVXd2WNwMonT7P7PxdnT_5H3EN9rOLGGbQxVIZ7WVkwQUznb90mCN/s400/Alone+boy.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387439591384895234" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-21972836078942568152009-08-22T16:53:00.000-07:002009-08-23T13:33:18.452-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj34RpbjWojkuKTfxTBJ84gBs8CNzxj54BaVb1k2-Osi_zyAOamNe8ReIM5WCNVNNEZsl6MKRdHO7Zn3VsEP0GKXEoLuIHbBww77SaQBxCOlcDMDqzPiqxZftqjJyM9LsH_cbYCdiZzo8ON/s1600-h/gview%5B9%5D.png"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 399px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj34RpbjWojkuKTfxTBJ84gBs8CNzxj54BaVb1k2-Osi_zyAOamNe8ReIM5WCNVNNEZsl6MKRdHO7Zn3VsEP0GKXEoLuIHbBww77SaQBxCOlcDMDqzPiqxZftqjJyM9LsH_cbYCdiZzo8ON/s400/gview%5B9%5D.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5373259356424855218" /></a>No chão do quintal estavam algumas folhas secas e a poeira espalhada que remetia às ações dos homens povoando aquela região. A imagem recortada de um céu acinzentado prometendo tempestade, fazia diluir em seus olhos a esperança de que seu tempo de compreensão e vida havia chegado. Nunca tinha sido permitido a ela entender as raízes. Não porque não quisesse. Uma planta pairando no ar quer sempre completar-se pelo chão,pelos espaços que ainda não explorou. Mas todas as vezes que algo ameaçava se fixar, o tempo móvel lhe desarrumava tudo. Cresciam ao seu redor as pontes em pedaços que lutava por concluir. Nunca chegara ao outro lado, ao outro que podia então oferecer-lhe raízes tão profundas que a presenteriam com a tão esperada sensação de fazer parte de um sentido. Não achava justo pensar que teriam que lhe conceder a volta para casa, mas não mais justo era pensar que a conquista dos mapas,do verdadeiro caminho, custava-lhe tão caro e era sempre passível de transformações que não poderia reter. O tempo - móvel. Sempre impedindo que esquecesse de vez a condição de humana mortal,limitada e presa naquela solidão.O espaço,ao seu redor. Tempo e espaço denunciando ausências e desvios de rota. Difícil confessar sua fragilidade quando tanta coisa a segurava suspensa no ar,talvez impossível:os ramos a prendiam naquelas relações incomuns,a fim de permitir a sobrevivência às outras espécies. Não reclamava, mas já se sentia sufocada. <br />Sabia que Não lhe bastavam as raízes podres,que ela enxergava tão nitidamente daquele ponto onde estava, raízes cujo centro estavam sempre corroídos pela falta de entrega. Grandes ruínas sobravam, presas das raízes que sufocavam expansões. A visão ao menos a impedia de maldizer sua condição de ali existir como um sólido apoio. Suspensa entre a chuva e o sol, sombra e ventania, pedaços de si caídos e levados pra longe, outros surgindo; no eterno ciclo de ter que refazer-se, procurava dentro do todo o que sentia: o que haveria de ficar? De tudo que até então alcançava,já se despedia, e já que não lhe davam o chão, vislumbrava do ar o sonho dos novos lugares e caminhos por onde,um dia,quem sabe, chegaria a experimentar. Machados e construções, vizinhos desmoronados, cortes profundos no pouco que era,não a impediriam de conhecer sobre si,a cada dia, a sua versão maior até enfim...libertar-se. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHYd1nsnuq8nvU3PEagNeM_g1Ohhiq-qrUmRCvPLopdSpcdZzOnS4oV4O7wqPkJnCk1GQMO7AW25uZEyYVJNs35zYtUd8NwhCODRTd0-HeJCYWlPTSvaFvWwttEe8GRFOHzbhlcCcdDZKS/s1600-h/Para+o+blog.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHYd1nsnuq8nvU3PEagNeM_g1Ohhiq-qrUmRCvPLopdSpcdZzOnS4oV4O7wqPkJnCk1GQMO7AW25uZEyYVJNs35zYtUd8NwhCODRTd0-HeJCYWlPTSvaFvWwttEe8GRFOHzbhlcCcdDZKS/s320/Para+o+blog.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5373259547697470258" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-52573203491698050912009-08-02T14:37:00.000-07:002009-08-02T12:37:20.048-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbsbf2rFIRAJbf_5cWVIAazueLlqPmtC5U8KEeUkwWz8gyrm2piMyb_fCE1fxrzqtVRxbsTj77Q4lK52vPz3HC2GzSPcqxZZT7rZJTWgXEtsv_XExLrrYuCHymyeQhGdntpZUTFRUEBnP8/s1600-h/1521541.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 354px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbsbf2rFIRAJbf_5cWVIAazueLlqPmtC5U8KEeUkwWz8gyrm2piMyb_fCE1fxrzqtVRxbsTj77Q4lK52vPz3HC2GzSPcqxZZT7rZJTWgXEtsv_XExLrrYuCHymyeQhGdntpZUTFRUEBnP8/s400/1521541.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365452256323658050" /></a><br />Naquela tarde de inverno, senti um ar gelado adormecer os meus pés. Pensava que meus pés e também minha alma adormecida bastariam para deixar todas as coisas em seus devidos lugares, sem mudança alguma ou centímetros a mais ou a menos de qualquer movimento. Eu tentava inutilmente espremer no espremedor de alho, algumas nozes que ficaram de outra estação. Gostava de comê-las com banana, tudo amassado, para lembrar o sabor do sorvete que em tardes felizes, eu costumava ter como predileto. Fiz uma força danada e eis que ...o espremedor quebrou. Terminei de comer o que restava e fui para o quarto.<br />Em vão tentei pegar a fechadura: também estava quebrada! Voltei à cozinha e peguei o espremedor de limão,tentando fazê-lo funcionar como um tipo de alicate improvisado. Pensava então olhando para aquelas quebras repentinas: podem as coisas sair de suas funções? Podem as pessoas mudar o caminho para que foram feitas? Podem pequenas coisas nos transmitir sinais,coincidências, que há uma semana se repetiam?<br />Estes pensamentos me inquietavam e eis que ao fazer força para "espremer" a porta e tentar abri-la também aquela "peça",tão específica,...quebrou.<br />Num devaneio de alguns segundos lembrei-me da origem e do tempo daqueles objetos agora todos partidos. Eram os objetos rotineiros de uma vida em comum que fora alicerçada por almas indecisas, eram sinais remanescentes de uma vida partida de todos a quem dava tanta importância para manter saudável sua vida interior, seus afetos, vontades de carinho e cuidados...eram parte de algo que um dia chamou de família. Agora estava ali,uma vida que decidira começar sozinha, para ver até onde era capaz de chegar. Enchera-me no entanto de sonhos, não estava tão só assim. E descobri então que desertos em preto e branco também abrigavam anjos perdidos. Mesmo mantendo ainda o receio de encontros ,sentindo como se minha própria alma ficasse exposta e todos estivessem à espreita pra classificá-la...dei-me a chance de sair dali. A sensação que tinha, ao caminhar para o então desconhecido,era a de que fui feita pra gritar, e não gritava. Fui feita pra denunciar, apontar...e não o fazia, e talvez nascessem dali aquelas doenças.<br />Mas no fim do inverno, naquele céu cinza ponteado de azul,no sol baixo dando brecha ao escuro, vi aquela luz acender. Vi coisas que pareciam tão concretas se quebrarem. Senti o rompimento com aquele passado amargo e aquele silêncio insano. Senti também a reconciliação com todos que um dia partiram. Mas a vida estava prestes a mudar. E não haveria meio de estancar a esperança adquirida. Assim também viera afirmar a chuva que,naquele momento, torrencialmente caía.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-23053064786196294982009-06-27T09:44:00.000-07:002009-06-27T10:45:22.356-07:00Cinzas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzmke2lxvKysEgADXWeQpRDaKPTiJR8oVgz8IYHK3_E4OkuY4bgaJzAcM3fF-PYhiluCJcSGYmTt_WfOcutv-N_lSy1lh-SHut2stGr5WbGON_VCnqFUaXhUfu0VHWV_Idyf3GxXyRFO04/s1600-h/a+flama.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 263px; height: 350px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzmke2lxvKysEgADXWeQpRDaKPTiJR8oVgz8IYHK3_E4OkuY4bgaJzAcM3fF-PYhiluCJcSGYmTt_WfOcutv-N_lSy1lh-SHut2stGr5WbGON_VCnqFUaXhUfu0VHWV_Idyf3GxXyRFO04/s400/a+flama.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5352064300804080434" /></a><br />Estava num olhar perdido que sob a luz e a roupa cinza,me transmitiam uma visão do sagrado. Dormia por sobre este mesmo azul de olhos marejados de incompreensões. Era a cor que exalava uma essência de um ser contraditório. E falar a palavra cinza me fazia estimar a dor de não poder segurá-la contra mim. Dispersas eram as sensações, mas imensas ,imensuráveis. Apareceram também quando depois do calor de tantas trocas, algumas coisas sobraram. Sobrara o vazio de querer a atenção daquele intenso fogo que almas irmãs alimentaramm. E que não mais se saciam,por sobrar a impossibilidade de estarem juntas. Sobrava a descrença em um futuro promissor. E insistentemente sobrava a tristeza por ver mudada a face branca de paz profunda em negro -cinza,que se afastava de mim. Em cinza ficou aquela impressão de que poderia ter sempre aquela mesma pessoa com quem contar. Cinza o meu amor, retrato de grandes chamas, resultado de grandes decepções que fiz valer. A auto afirmação riscou o fogo da transformação, o medo de não suportar a vida, de não mudança,alimentaram as labaredas. E transformou-se em fim o que eu supunha eterno. Sem clareza de detalhes, sem as tonalidades esperadas, com a separação certeira de luz e sombra,ofertou-me a sombra das dúvidas que um dia esperei nunca ter. A vivacidade,o ardor,a impetuosidade de ser o que se é,de amar intocavelmente... Eram, agora,cinza apenas. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPsU37nvlBJIWc7_cYJM38mvaHrfXvOzvNa5aUt9URjMyu77fH3ROIGQ1WxFyDdw9M06pK-HnGl42oYNZVQM__lY7QnBNNnINvppz5v-Tg5GTKUyPvYltqaNItjPPmzPFMPxP6yqwei0dF/s1600-h/cinzas.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPsU37nvlBJIWc7_cYJM38mvaHrfXvOzvNa5aUt9URjMyu77fH3ROIGQ1WxFyDdw9M06pK-HnGl42oYNZVQM__lY7QnBNNnINvppz5v-Tg5GTKUyPvYltqaNItjPPmzPFMPxP6yqwei0dF/s400/cinzas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5352064610997842322" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-52669587444054590422009-05-24T05:14:00.000-07:002009-05-24T08:03:25.895-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcTd59tIuJ3GELnJTUg2om07DI1xJjoxyRze8C8As9vK9tUGysRXbOBkBh0hZf77XuBCWVjGMxa-3Xl_a2qLZdnHQA1irjOLCvLQu7eo-c1hVPhAKc3JM3hW38KQYE7gnOtaS_Yf8Eg6DN/s1600-h/_balancing_.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcTd59tIuJ3GELnJTUg2om07DI1xJjoxyRze8C8As9vK9tUGysRXbOBkBh0hZf77XuBCWVjGMxa-3Xl_a2qLZdnHQA1irjOLCvLQu7eo-c1hVPhAKc3JM3hW38KQYE7gnOtaS_Yf8Eg6DN/s320/_balancing_.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339406174326219970" /></a><br />Naquela réstia de manhã resolvi arrumar o que estava por vir. Era uma atitude engraçada, apostar no que não se vê e andar pelo fio dos dias como quem supõe. O ânimo e a visão das coisas tinham mudado, sofriam interferências do caos externo que os olhos acompanhavam todos os dias. De águas factuais estagnadas que viravam lágrimas por sentir ausência. Ainda assim, algo me trazia ao centro, como quem puxa do alto de uma árvore,uma criança amedrontada. Alguém já estabeleceu o que é suficiente? É estranho notar que a gente se esquece,quando imersa em pensamentos vãos, a grandiosidade da companhia e da amizade daqueles que nos mostram o caminho do centro a todo momento. A inquietação para viver nos impede de vivenciar como quem registra,o carinho e a atenção de que somos alvo por parte daqueles que nos amam. E esquecer, é amontoar coisas inúteis. É manter nos armários os sapatos gastos dos caminhos tortuosos que me fizeram chegar aqui. Livrar-me deles,é uma opção. Permitir secar as lágrimas que me escureceram a visão do possível,do que depende de mim, e do que a consciência faz maltratar inutilmente. Um paradoxo. Há gastos de energia que não levam a lugar nenhum. Um desperdício dos dons,uma contradição. Saber-se amada,e não se sentir digna, ver o amor, e não saber retribui-lo como quem é majestosamente grata. Dizer não ao encontro, à visita, às conversas. Era um isolamento preciso,para reencontrar-se,mas não necessário,para não negar a vida em sua forma simples e de agora. Apesar da tristeza, abrir as janelas, convidar a me ser novamente quem sou. É um dos planos de uma clara manhã cujo brilho espero não esquecer.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-38401813862036785322009-03-24T16:13:00.000-07:002009-03-24T18:14:26.370-07:00Perdoem-nos pelos dias difíceis.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNAPgg4l5t-4yfNrnCKUnSvyOBdxuT6LykqzLddAtirdM9BwqhdSuSvdJNo8Qz1EbPJhHl7Uz41EG5rFFMzFu6L2jripqrEneGZk7arDMcQ5n2TP0BpjSF2YAnBOgjwzGgPxVTXD1tsuB8/s1600-h/3264867209_e8bec0cb47_m.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 192px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNAPgg4l5t-4yfNrnCKUnSvyOBdxuT6LykqzLddAtirdM9BwqhdSuSvdJNo8Qz1EbPJhHl7Uz41EG5rFFMzFu6L2jripqrEneGZk7arDMcQ5n2TP0BpjSF2YAnBOgjwzGgPxVTXD1tsuB8/s320/3264867209_e8bec0cb47_m.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5316926785557015394" /></a><br />Quando dobrei a esquina, Eduardo me deu tchau. Era tardezinha, dessas em que a gente chega a ter pavor ao olhar o laranja do céu, porque o dia vai e a noite vem e com ela, os pensamentos desgastantes do dia vivido.Pior quando não vivido.<br />Pensamentos laranjas incitando sombras de azul. A noite estava quase ali. <br />Já tinha encontrado Eduardo de manhãzinha. O contexto,entretanto, era outro, e ele pôde falar como quem tem um ombro e um olhar: cúmplices naquelas atividades diárias.<br />Convíviamos indiretamente, uma maneira divertida de conhecer um pouco sobre as pessoas era esse: o tempo de duas aulas semanais por mais de um ano. Isso não entregava os sentimentos mais internos, mas definitivamente fazia compreender o humor, a energia, e os lados positivos e negativos de tantas relações.<br />Eu me sentia um alvo,ou uma espécie de apoio. Eram trocas sensíveis entre o ser e o não ser, o desejo e o carinho por todos aqueles a querer poupar-lhes a tristeza das tentivas frustradas e,ao mesmo tempo a intensa vontade de cuidar, e abrir-lhes os olhos para a parte áspera de um real que eu mesma olhava atônita e...duvidava. <br />As situações eram tantas, as horas traziam à tona as mais diversas observações.<br />Naquele dia mesmo, ao esbarrarmos na escada, ele me contou das suas pretensões de futuro. E eu,achei lindo. Dei-lhe força e procurei não transparecer a minha tristeza por eu ainda não ter alcançado todas as minhas. Mas a esperança existe,afinal. E depois, numa outra oportunidade, falamos dos passos a dar, do que era possível dentro de nossas supostas "realidades". -Às vezes isso pode estar ocorrendo,pelo simples fato de você poder me ajudar a ser mais ágil perante as coisas.. e eu te ajudar a buscar algo para ti..." Sim,foi assim que ouvi. Fiquei a pensar em todos os dias que sonhos nos são confiados, inquietações nos são entregues sem que sejam tratadas com a atenção devida. Quanto tempo e espaço no universo poderia ser usado a fim de cuidarmos melhor de nossas inquietações. De certo ,assim, existiria menos o sentimento de solidão e o laranja pareceria mais leve:consciência e coração limpos por saberem que conseguiram suprir todo o lado humano dos que por ali passavam. Aquela esquina a falar insistentemente de coisas não ditas, a mostrar ao final dos dias tudo que poderia ter sido se o tempo do azul fosse maior entre nós. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIpFSZG-SpBBWqPhVfFaTd1uyNDLFqtmGes76pGMl1criBkPZnTNuaXHZ4IvtdX5wofTwYaR-TSyRJKbk1ZbWftU1GijoIqxOl7H40yA5N4abNm9hPsZI1DOgm3VI-aTcehbQlTujJ54hc/s1600-h/caminhoseportas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 209px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIpFSZG-SpBBWqPhVfFaTd1uyNDLFqtmGes76pGMl1criBkPZnTNuaXHZ4IvtdX5wofTwYaR-TSyRJKbk1ZbWftU1GijoIqxOl7H40yA5N4abNm9hPsZI1DOgm3VI-aTcehbQlTujJ54hc/s320/caminhoseportas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5316927302544973490" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-52682423263087277552009-02-26T13:10:00.000-08:002009-03-04T14:59:17.749-08:00A analista de tipos ou o mal de conhecer.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFGKOeq7lQeUWTnTQho9tJ5-TN5IrwIWnx-d16Fw9w3NqdJ0Ch86AOGlVC2oJKbwE6ScPwQAH0bZvPF5LtsRDr7D6JXToPvJitaBh864V1AOcAqqH2w3sLClYrd11mzYBhBUD4lPtZ20bp/s1600-h/eyesfire.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFGKOeq7lQeUWTnTQho9tJ5-TN5IrwIWnx-d16Fw9w3NqdJ0Ch86AOGlVC2oJKbwE6ScPwQAH0bZvPF5LtsRDr7D6JXToPvJitaBh864V1AOcAqqH2w3sLClYrd11mzYBhBUD4lPtZ20bp/s320/eyesfire.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309464536469290994" /></a><br />Já não era incomum sentir aquele aperto no peito de quem vê por através dos gestos, aparências e dos olhos.Ela sabia que conhecia. E era tão denso o seu conhecer que andava em busca do gesto que fugia ao comum, um gesto original para impulsionar-lhe a vida.<br />Desesperava-se. <br />Houve uma época em que duvidava daquilo que via e passava horas a questionar e a observar nos dias, as formas de apreciação das relações...mas,não mais. Agora era claro e evidente.<br />Pessoas entregavam-lhe intuitivamente suas condutas, internas e externas. <br />O cara dos instrumentos a viver da variação dos sons, dificilmente permitia-se variar as idéias ou a rotina a que um dia se submeteu. Sem comentar do orgulho.<br />Mal enxergava que a entrega a uma insistência privava-lhe de diferenciar seus próprios ritmos e caminhos. Ela desvendava-lhe todos os mais profundos impulsos e sentimentos.<br />A moça dos espaços acreditava que a existência era impossível sem a aplicação de sua ciência, assim como também acreditava ser aquela matemática, a achar que era do reino das impossibilidades a falta dos números. A artista a imaginar fromas invisíveis para preencher as divisões entre tempo e espaço. <br />Cada um via o mundo a seu modo e à sua forma mas, quantos imaginavam o seu avesso?<br />Nem mesmo a analista conseguia se desvencilhar de tudo que herdou. As causas, o profundo dos porquês, o interno dos tipos que tinha ao seu redor.O conhecimento que lhe saltava aos olhos: perguntou-se de onde viera aquela capacidade. Seria alguma maldição? Força do destino, sina,desígnio dos céus? Escolha,vontade,acaso?<br />De que adiantava seu dom se ele não ultrapassava as paredes de si mesma? Ou até mesmo a parede dos ouvidos e olhos que encontrava por aí? Estava certa de que não trascendiam.<br />Levaria consigo aquelas visões que já lhe tiravam a tranquilidade da esperança em surpreender-se.<br />Todos os que diziam que ela não sabia viver enxergavam o papel nela impresso, o seu cartão de visitas: a analista que não sabia finalizar suas conclusões. O coração a bater alto confundia-lhe os sentidos. Enxergar(em) além...era difícil sim.<br />Ficavam a imaginar quantas coisas já não tinha ela vivido para poder escrever assim...Nem podiam mesmo suspeitar, a sensibilidade que lhe era tão cara, rica a deixar estragar percepções imensas, o fruto belo e maduro não colhido do pé.Os afetos não vividos, as emoções negadas. <br />Mas a vida queimava a todos, em todos. Raios de sol a maturar sementes, a despencar os tais frutos. Inquietação do sol refletidos ali. <br />Era engraçado assisti-la passar como quem assiste a um drama estrangeiro sem poder mudar-lhe os rumos do fim. Ela gostava de acreditar afinal, que aqueles motivos eram de alguma forma nobres para cada ser assim caminhar.<br />E mesmo quem lhe enxergava o mais profundo, não a fizera aprender a conhecer em si mesma tudo aquilo que ainda não fora vida. Desconsolada de sua desperdiçada intuição,ia preenchendo seus famosos formulários de ser quem se é,com espaços em branco e a nítida impressão de que seus sonhos mais íntimos guardavam-se ocultos em sua parca porção de vida.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbjtif4egEVai6gZxphXLqE1gBqdpGU7iIIpyDSZudlwgBoDjp4MD12wfiM5A_hLFY-SjAkJezaKx990TsHZsdu9r0kkmvaJw6sjLRqiwNjbY5OehX25BNhUGPt4Wn0Trs5XOkGGAPnXiE/s1600-h/emotionally%2520unavailable.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 318px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbjtif4egEVai6gZxphXLqE1gBqdpGU7iIIpyDSZudlwgBoDjp4MD12wfiM5A_hLFY-SjAkJezaKx990TsHZsdu9r0kkmvaJw6sjLRqiwNjbY5OehX25BNhUGPt4Wn0Trs5XOkGGAPnXiE/s320/emotionally%2520unavailable.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309465505951533058" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-84121023637623451582009-02-12T12:46:00.000-08:002009-02-12T14:10:11.552-08:00Eu, pássaro raso...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipbqnjokARiE0g8kRPP-bd0YYXn_wiUXu-vdmne4yufFCfDkSbAB1gOtL6pNPrG94M3QEMK_Ow4KTpdW1cYq67NgS0kSD1mJkpVs9pvte1NiYfiZwU5X_1xkuiH8t0H-mJw99vjg1ZDnWx/s1600-h/aump%C3%A1ssaroraro.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipbqnjokARiE0g8kRPP-bd0YYXn_wiUXu-vdmne4yufFCfDkSbAB1gOtL6pNPrG94M3QEMK_Ow4KTpdW1cYq67NgS0kSD1mJkpVs9pvte1NiYfiZwU5X_1xkuiH8t0H-mJw99vjg1ZDnWx/s320/aump%C3%A1ssaroraro.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5302035986778169506" /></a><br /><br />É, então eu pousei.<br />Neste espaço em branco me voltam à memória os dias espaçados e também vazios que as férias me proporcionaram. Uma sensação de que algo se transformou me acompanha, persistindo da manhã até à noite e, mesmo que não fique ainda tão clara com a luz do dia , faz voltar a brilhar a rotina que me acrescenta certo sentido.<br />Sentidos são sentidos, nem sempre é possível expressar aquilo que nos toca na alma,mesmo que as aves voem e sigam seus rumos instintivamente. O tamanho do vazio que faz com que eu me proteja só é visto lá do céu, onde as nuvens imensas povoam as habitações e apenas um regente central as comanda. É Ele o dono das aves do céu, dos peixes do mar e dos humanos,que habitam entre os dois. <br />E fico a olhar o horizonte, tentando relembrar o rumo, aquele que um dia nasceu comigo mas cujo instinto do ponto de chegada vejo desbotar.<br />Já não sei o que é intuir e o que é refletir,nem mesmo sei o que me separa do animal que seu canto oferece aos lugares por que passa. Se me recolho ao silêncio é para ouvir melhor a voz que chama ao descanso das responsabilidades barulhentas que um dia aceitei.<br />Não me junto a festas e vôos em bando, já não me satisfazem as multidões, nem as músicas de cores e flores que glorificam por aí.<br />Sou raso, prefiro as cores sós,e fico a observá-las e a tentar descobrir quantas diferenciações existem em um mesmo tom. Memso que de longe, afinal...a distância nunca me impediu de saber onde pousar.<br />Sustento a força da solidão quando vez por outra ouso visitar os que me querem bem. Também os quero bem,mas sou o pássaro raso.<br />Desta espécie são os costumes mais esquisitos e as grandes habilidades de defesa adquiridas ao longo da vida. Procuro a defesa das prisões,sejam elas frágeis ou extremas. A defesa dos dias em que não sabia bem o que cantar,ou como cantar e preferi o alento das folhas das árvores, da mãe natureza, do olhar para mim mesmo ao invés da decepção dos que pararam para me ouvir,sem saber exatamente o quê,sem eu ser exatamente o que queriam que eu fosse.<br />Há dias em que não se pode dizer nada e até o mais silencioso dos pios é capaz de acordar os ameaçadores donos de gaiolas. Sim ,tenho pavor delas e contraditoriamente não me importaria de por lá ficar,e cantar e ofertar tudo que recebi de meu Criador... mas só se mantivessem a porta aberta.<br />O Senhorio nem sempre sabe ver a necessidade de nós, os pássaros rasos.<br />Eu mesmo ainda estou aprendendo a ver.<br />Prefiro evitar as armadilhas e cantar a certa distância de segurança, onde me permito ser eu, a mim mesmo,sem restrições , e me permito ser eu ,para você, da forma como você prefere me ver.<br />A distância ofusca os defeitos. A eles já nos basta a consciência a dar peso.<br />Se a liberdade existe por entre os tempos e em meio aos desejos alheios, existem os vínculos fortalecidos pelo conhecer quem sou, existem feridas sendo curadas, afetos sendo cultivados , vidas em renovação,construção e descobertas ímpares que na lida com todos,cada um se dá.<br />São as condições da vida de um pássaro que não me tornam tão livre o quanto eu gostaria, mas livre o suficiente para não fugir à minha sina de voar grandes espaços.<br />A um pássaro raso, o meu respeito e compreensão.<br />À minha compreensão o assentimento de quem se viu um dia, rasa ,e profunda...simultaneamente.<br />Sabes como é grande o mundo e no entanto,cabe aqui dentro de mim.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjeWiKCM0EJxCVhxXMWTYIvoliKk1pyQo9YkWV5npDVqnbq4Afnnp1r-pi8a-7Rqe0ojqX8cgOC_kAJKAAxn1g-PQorn7Ii5JuNL4F5zq8G9anniqBhn7ty9b19yN5uVEIpPoo9P_7Ix33/s1600-h/engaioladaMargarida+C%C3%AApeda+Leves+s%C3%A3o+os+p%C3%A1ssaros.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 224px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjeWiKCM0EJxCVhxXMWTYIvoliKk1pyQo9YkWV5npDVqnbq4Afnnp1r-pi8a-7Rqe0ojqX8cgOC_kAJKAAxn1g-PQorn7Ii5JuNL4F5zq8G9anniqBhn7ty9b19yN5uVEIpPoo9P_7Ix33/s320/engaioladaMargarida+C%C3%AApeda+Leves+s%C3%A3o+os+p%C3%A1ssaros.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5302035203151376914" /></a><br /><br />Melodia 1: Toda a gente quer compreender a pintura. Porque não há nenhum esforço para compreender a canção dos pássaros? (Pablo Picasso)<br />Melodia 2: "Uma ave não canta por ter uma resposta, canta porque tem uma canção".(Provérbio Chinês)<br /><em></em>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-3494944283310133242008-12-27T08:38:00.000-08:002008-12-27T09:31:32.019-08:00Receita para uma fuga<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwsmBh6TgF6qCjgzEvxvMQblvzJYnYUc2H8VB6YJVuSSb0AIi1pcxT-S9UwhxSQ-8nTeGgKhhupI3YKTfIq4DzDMzvOPmMA0f84lKeaXvzh13XiBdq7KeX00q4LpY2xTH37JeTFYsprSY-/s1600-h/mascaramo6.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 380px; height: 327px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwsmBh6TgF6qCjgzEvxvMQblvzJYnYUc2H8VB6YJVuSSb0AIi1pcxT-S9UwhxSQ-8nTeGgKhhupI3YKTfIq4DzDMzvOPmMA0f84lKeaXvzh13XiBdq7KeX00q4LpY2xTH37JeTFYsprSY-/s400/mascaramo6.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5273455619053257378" /></a><br />Ingredientes:<br />Sua vida, a vida de outras pessoas.<br />Livros, obras de arte, músicas e produtos de cerne humano.<br />Matéria prima de um ser vivo como a ignorância, o ignorar certas coisas, a pureza, a maldade,a bondade, e tantos outros pares de sentimentos opostos e características existenciais.Também opostas.<br />Instrumentos: É de suma importância uma peneira.<br />Recipientes: O mundo- Interno e externo.<br />Modo de preparo:<br />Agarre-se a uma idéia,causa ou motivo e renuncie ao seu ser mais completo.<br />Escolha acompanhar apenas uma personalidade e em nome dela,ignore outras. Permita assim,restringir sua visão do conhecimento.E claro, permita ignorar,primariamente,a si mesmo.Seja cópia e esqueça de quem você era quando nasceu.<br />Ande rápido ou devagar, sempre quando não precisa nem de um ou de outro.<br />Saiba os momentos errados para fazer a opção certa.<br />Não se esqueça de deixar de pensar no porquê evitar aquilo que te causa medo.<br />Se você não pensa, a assadeira permanece untada. 100% de sucesso de seu bolo alimentar crescer.<br />E bota bolo nisso.<br />Você dá o bolo no ex colega de trabalho que está atravessando a rua e você prefere fingir que não vê. E também naquele parente que um dia disse algo que te desagradou.<br />Não podemos esquecer daquele sujeito que não se encaixa nos seus padrões: nem os culturais,muito menos os sócio econômicos.Quanto atrevimento ele existir,não?<br />E as ocasiões em que você precisava ter atitude,ter uma postura,tomar uma decisão mas não tomou. <br />O diferente e ignorado dá o ponto exato da massa.<br />Lave bem o seu ego, e deixe de molho em partes grandes. Se ao peneirá-lo,tiver dificuldade,não insista. É de partes grandes que a fuga se realiza.<br /><br />Entregue-se. Seja às drogas,ao álcool ou à comida.<br />É uma medida rápida de acelerar o processo de cozimento.<br /><br />Siga as receitas. Incluindo a leitura das citações,sem conhecer a obra completa.<br />Isso acaba com o espírito perceptivo,mas com certeza fará um tempero único de hipocrisia, muito saboroso aos olhos da maioria, e sua receita se tornará muito maior e mais fofa.<br />Há os que preferem mudar a forma de lugar. Mas também os que nunca mudam,com medo de (se) perderem. Extremos que nem raízes nem asas,salvam da mediocridade. Não importa. Para esta receita , ter superstição também ajuda. É ,afinal,uma outra boa maneira de fugir.<br />Pegue alguns daqueles dias em que mais precisam de você e por medo,você não vai,sabe? Não fala,não ousa e enxerga até ao desperdício. Mas não usa.<br />Lembre-se da dica inteligente da cozinha da vovó: Aquilo que não se utiliza...acaba estragando...se passar do ponto de acrescentar,e da quantidade, a massa não vinga.<br />Refogue as suas mágoas,exclua os nutrientes do recheio e fique com a casca.<br />Leve ao forno e acrescente uma camada de fixador de máscaras para viagem.<br />Não tente desenformar e, se for preciso, asse sobre a brasa do carvão.<br />Firme bem para que não caiam as partes do bolo. Afinal,ele não tem pontas para serem afinadas.E quanto mais reto e enformado,melhor para servir.<br />Sirva à vontade até que seja tarde demais para que sua consciência acorde. <br />Espere as visitas deixarem a festa e logo adormeça.<br />Isso garante o "Grand Finale" de qualquer vida.<br />(E não abuse demais porque um pedaço de fuga é suficiente para causar indigestão).<br />Bon'apetit!Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-80946696681700872742008-12-20T14:15:00.000-08:002008-12-20T16:41:46.223-08:00Luzes sem brilho...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbO1QIAEZ1I_5ndCbhjVtNI1cc_lcHTIhkllqjlg10i_UzpDZhgntGV1y7uMDwpNeCBYjjQ7IVZdnrvWbOmY4twTM01J_YewfqEZBH4RI2ESZcFaZTvRnirHcbcjt2xwyWZABzK_3VPtIt/s1600-h/colagemparaoblog.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 263px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbO1QIAEZ1I_5ndCbhjVtNI1cc_lcHTIhkllqjlg10i_UzpDZhgntGV1y7uMDwpNeCBYjjQ7IVZdnrvWbOmY4twTM01J_YewfqEZBH4RI2ESZcFaZTvRnirHcbcjt2xwyWZABzK_3VPtIt/s320/colagemparaoblog.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282033098954819266" /></a><br />É fim de ano.<br />Estamos a poucos dias do Natal e já sinto um certo desespero ao lembrar dos "cumprimentos" que a data exige. <br />Exige?<br />Bem, talvez não existam exigências a pessoas que se propõem a ser transparentes e solícitas com a verdade. <br />Conheço,porém, as intimações que as aparências tanto fundamentam e mantêm,no que chamamos de nosso "ciclo social cotidiano".<br />Pertencem a ele as pessoas que convivemos. Ou as que nem quase convivemos, mas que julgam nos conhecer o suficiente para darem palpites insuficientes em nossa vidas.<br />Tantos são os "Feliz Natal" e "Boas festas" que nos chegam de pessoas assim que, por amor ao propósito da data prefiro ignorar.<br />Porque "cumprimento" é também o ato ou efeito de cumprir uma responsabilidade.<br />E é uma obrigação moral e espiritual ser coerente consigo, cumprir com aqueles sussurros da consciência que só a gente ouve quando lê e interpreta por e a partir dela, as palavras e ações de Cristo.<br />Costumamos pensar na suposta "magia" que esta data nos tráz, e como no carnaval é permitido à consciência doses homeopáticas de esquecimento, aqui nos permitem, com a "graça consumista da festa", doses cavalares de indiferença à falta de atuação que plantamos ao longo de trezentos e tantos dias. <br />O espírito que as pessoas ficam é bonito mas já presenciei que ele pode nem mesmo perdurar até a meia noite.Para que então fingir que durou um ano inteiro a ponto de me fazer desejar felicitações que não sinto vontade nenhuma de desejar? Você já ouviu algo como :"Vamos aproveitar o tal espírito do Natal pra voltar a falar com ele, com ela? Com pessoas que por meses não houve meio de reconciliação?... Hohoho. Papai Noel riria longa e amargamente com tanta hipocrisia. <br />Como bem citado por meu amigo Marcelo,o Natal lembra livro O Perfume:"Num dia a orgia.No outro todos ignoram os problemas do próximo".<br />Ao tal inconsciente coletivo(que não acredito tão inconsciente assim) é permitido redimir-se na data do instituído nascimento de Cristo,mas havemos de convir que ser completamente remido envolve a duração e persistência da bondade...<br />Não esqueçamos das situações que nossa modesta situação econômica de sobreviventes nos coloca e principalmente das crianças que, sem entender o motivo das gritantes diferenças e do "por que não ter aquele presente ou doce que eu queria?", plantam em si grandes sementes de rancor.<br />Penso que se para cada palavra falada ou para cada aperto de mão dado houvesse uma reação em cadeia que demonstrasse cada omissão cometida ,mentira ou hipocrisia vivida, não faltariam tremores na terra, ou enchentes e respostas de nossa mãe terra para consagrar de vez a "paz na terra entre os homens de boa vontade". <br />A mim, um basta aos discursos vazios e às vozes silenciadas.<br />Porque das migalhas das luzes de Natal não se faz consciências livres. (E como não resisto, cito novamente meu amigo Marcelo: Vamos rezar pra dar um apagão no natal? Topa? Rsrsrsrs.)<br />Nem das hipocrisias póstumas do ano que não é mais novo, se faz vidas autências. <br />Se neste fim de ano,onde tantos balanços são prováveis e possíveis, para de fato transformar as relações,posso me abster de mentir,assim o faço.<br />Que o sentimento de Natal seja instalado em nossas vidas diárias e o balanço da virada do ano, a cada noite em nossos travesseiros. Não há maneira mais intensa e verdadeira de alcançar a paz de espírito e a certeza de se ser sinceramente feliz.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-86097605243946026452008-10-22T11:10:00.000-07:002008-10-23T14:17:04.417-07:00...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv6nvhyphenhyphenq8uTLdl1WSkIB3mIJzN4HmN9_LfY89AymKFENsyeGPOMFuUvU2H700aIUjLfvLfHr-O-7_aFgCCYyrsIrKTCsMPyenmghrAfmCGUE2UWkxe49wC3J9Pfsg9TlBn1L-myg0-1sjH/s1600-h/Menino+e+menina.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv6nvhyphenhyphenq8uTLdl1WSkIB3mIJzN4HmN9_LfY89AymKFENsyeGPOMFuUvU2H700aIUjLfvLfHr-O-7_aFgCCYyrsIrKTCsMPyenmghrAfmCGUE2UWkxe49wC3J9Pfsg9TlBn1L-myg0-1sjH/s400/Menino+e+menina.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260084278392168626" /></a><br /><br /><br />Estou aqui sentada e escuto você suspirar com aquele ar de "ah,mas que merda...agora então você resolveu também fazer barulho". E imagino a continuação dos pensamentos: "Já não basta ocupar o mesmo espaço que eu e que toda a minha conveniência desejam só ?Já não basta me apontar os erros e cutucar as feridas?".<br />-Não,não basta. Eu quero a cura...Mas rio sozinha. Um riso denso e triste.<br /><br />São lentos e grandes os dias em que nos fizeram conviver. Eles parecem nunca passar. E todas as coisas que não dizemos se prende sob nossos pés. E nos arrastam pesadamente, e doem os ataques ,até mesmo os silenciosos. E tudo se corrói quando a consciência diz que podia ser compreensão.<br /><br />-Fizeram-nos conviver?<br />-Não sei.<br />-Foi eu,ou foi você? <br />-Não sei. Mas nestas horas gosto de pensar no benefício das escrituras do destino.<br />É mais doce pensar que um dia,nas estrelas, determinaram que fôssemos viver assim, até cumprir o nosso papel.<br />-Pois eu espero ansiosamente pelo dia que puder abandonar este papel. Ou qualquer papel, e possa vaguear por entre as tardes sem a tormenta do convívio diário,sem a voz estridente da denúncia.<br />-Ah,mas não te contaram da co-dependência do claro e do escuro? <br />-Não,mas eu não vou deixar que me atinja.O seu olhar de desprezo...quando quer estar com a razão, e estampa títulos, conhecimentos, convicções, mas insistentemente não age como prega.<br />-É,realmente, é pedir demais!<br />- É pedir demais querer ser louvado quando ao exercer suas funções,por mínimas que sejam,não exerce medidas justas. Sim,é!<br />-Bom, antes que te disperses, por que não dás vazão à voz que vejo transbordar silenciosa,nos intervalos de suas declarações soberbas?<br />-Blasfemas!<br />-Então diga-me, quais os motivos para querer sempre erguer a cabeça acima da multidão enquanto vives interiormente mergulhado nas profundezas da insatisfação?<br />-Pelo amor de Deus,saiba ousar. Mexa-se!<br />-Mas que sabes tu que, às custas do comodismo alheio deixa pesar seus ombros com a inquietação de não agir?<br />-... (Silêncio)<br />- Detestas a franqueza. E não por acaso ela desnuda suas fraquezas.Que você evita. Que você renuncia. Não vês que é a fim de superar que as evidencio?<br />- Se você escolhe morrer paralisado,contendo , reprimindo e sufocando quem você é de fato,em nome de manter os velhos padrões,sinto te informar: estás prestes a integrar para sempre a legião dos escravos do ontem.<br />-Sorte a minha. Eu prefiro integrar a categoria dos escritores do amanhã.<br />-Mas não são estes os que mudam a ordem dos produtos e alteram os fatores e atrevem-se a ir onde ninguém foi? Isto não lhe soa medonho?<br />- Ah,meu querido...entenda! A audácia não é mais medonha que a submissão. Enfrentar não é mais assustador que omitir-se.<br />-Hum,estou com sono...<br />-Ah, já era de se esperar...e no fim,voltas a dormir. <br />-É mais fácil,não? <br />-Enquanto dormes,fico a velar...e a tramar os planos para o crime perfeito de finalmente te ver acordar...<br />E desesperadamente, volto a sorrir sozinha...<br />...Não é à toa que dizem pra botar a mão na consciência.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibFJR41SfTgdmpOAgWVLAku4NKSZEBKBraU8qpUO3Yfqnxw-IkZQN3AEAzYsITdAHL68mUmLqpcu5BuzGnH4tcpQLccvixixXlLDZUqfm2Gt9mFhTIRw_btwca6vOsiGgzE77ufLF9SpX6/s1600-h/conscience_~Conscnce.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibFJR41SfTgdmpOAgWVLAku4NKSZEBKBraU8qpUO3Yfqnxw-IkZQN3AEAzYsITdAHL68mUmLqpcu5BuzGnH4tcpQLccvixixXlLDZUqfm2Gt9mFhTIRw_btwca6vOsiGgzE77ufLF9SpX6/s400/conscience_~Conscnce.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260078175169000018" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-51647909127898022632008-10-18T08:41:00.000-07:002008-10-18T13:54:13.005-07:00Ensaio para uma realidade.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpgfpElBl_AyKXvoO-oZedaefZueFGWXR1x44UUx8cOcZ_xTBG84a4e3Zf4mEH2hKiXDuc_c8O42QSudal08zTGOBM3MeYxVorFua9bdNe8HQl1pE2LA_jor2LuvxLGTjh5XyYaZT3THEr/s1600-h/Estou+maningue+FELIZ+que+tenhas+batido+%25C3%25A1+minha+porta,%2BDani___espero%2Bque%2Bgostes%2Bdo%2BMEU%2BINTERIOR_VOU%2BFAZER-TE%2BSEMPRE%2BFELIZ!!!.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpgfpElBl_AyKXvoO-oZedaefZueFGWXR1x44UUx8cOcZ_xTBG84a4e3Zf4mEH2hKiXDuc_c8O42QSudal08zTGOBM3MeYxVorFua9bdNe8HQl1pE2LA_jor2LuvxLGTjh5XyYaZT3THEr/s320/Estou+maningue+FELIZ+que+tenhas+batido+%25C3%25A1+minha+porta,%2BDani___espero%2Bque%2Bgostes%2Bdo%2BMEU%2BINTERIOR_VOU%2BFAZER-TE%2BSEMPRE%2BFELIZ!!!.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5258599196780251330" /></a><br />-Ela voltou!<br />-Quem,mulher?Está ficando louca?<br />-Ora, não finja que não sabe. Você reclamou a ausência porque ela te permitia mover-se. Uma vez até mesmo me disse que sem ela seus dias não seriam mais os mesmos,porque a graça corria o risco de se esvair por entre a mornidão. Esquecestes?<br />-Ah, sim...lembro-me. Naqueles dias eu até sofria com a ausência . Depois de alguns tempos passados, achei melhor esquecer. Ou fingir. Resolvi conviver com a dívida. A dívida que fiz quando a conheci e nunca mais paguei. Apenas aumentei ,apro-fundei. Me afundei.<br />- Mas não era preciso ... Sabes que ela perdoaria os teus não feitos. Ela sempre soube dos seus limites e nunca te forçou a ser quem você não É. Sempre,sempre mesmo te estendeu a mão pra voltares a abraçá-la. <br />-Sim,sei...Mas é com certa tristeza que sinto que a decepcionei. Deixei-me levar pela negligência e a omissão. Não há volta.<br />- Sempre há volta quando os caminhos ainda existem e as estradas unem dois pontos. Deixe disso, venha vê-la. Está à porta ansiosa por te ver...confessou-me ao ouvido que nunca deixou de te amar e que sabe que fazes parte dela assim como ela de ti. Somos uma família,querido. Não te negues à inquietação.<br />- É,tens razão. Uma família. Daquelas que nada nem ninguém separa e que a cada queda se fortalece. Só nós sabemos da nossa União. Mas bem,sabemos que ela se foi.E quando partiu,levou junto o meu olhar intenso. Nossos vizinhos costumavam dizer que tinham inveja de nós,lembra-se? <br />- Claro que me lembro! Mas só você não consegue enxergar que ela nunca partiu e nunca deixou de estar nas bocas e pensamentos daqueles que a conheceram. Ela apenas foi crescer um pouquinho,mas sempre esteve aqui,entre nós, cada vez mais presente e amorosa. É uma filha, querido. Quando nos sai das entranhas, há de levar-nos sempre um pedaço da carne, mas há de deixar sempre um pedaço do espírito.<br />- E levou... a melhor parte da porção. E deixou,mais que isso. <br />- Pronto,admitistes. É por isso que te amo,querido. Sempre consegues enxergar a verdade por trás das mentiras que nos contam. É esta voz da essência que mais vale. Desde que formamos esta família soube que nunca a trairia nem deixaria de ouvir...agora vem cá ,dá-me a mão.<br />-Sim,criatura.Vamos abraçá-la e finalmente cantar ,e viver e amar as coisas e fatos e gestos que há tempos adiamos. Obrigada por me chacoalhar. Não fosse você,eu viveria em estado letárgico por muitos anos afora. Devo-lhe também esta dívida perdoada... Te amo.<br />-... Nem tudo que por muito tempo dorme está passível de morrer dormindo.<br />Agora viva,querido. É tudo que lhe cabe ao nos acrescentar a soma de tantos valores.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXTKpxk2nWWL91KndPH9dB9LOQG7uKJABtbHxjktrQ5Tqct0lmTGO9QVJ1B5TQWwjLCY_zQrYyN-btRffuNe4kah9NZOTTfqOlJ3YoLuZlkef0OAxtwusJ4Gwf42AUr_gB011J86nyH6g0/s1600-h/aspas.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXTKpxk2nWWL91KndPH9dB9LOQG7uKJABtbHxjktrQ5Tqct0lmTGO9QVJ1B5TQWwjLCY_zQrYyN-btRffuNe4kah9NZOTTfqOlJ3YoLuZlkef0OAxtwusJ4Gwf42AUr_gB011J86nyH6g0/s200/aspas.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5258599733372816482" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-41207138439162682092008-10-06T18:08:00.000-07:002008-10-06T18:27:10.529-07:00Tênues linhas...ou : A centrada e insistente garoa.(Tema para uma suposta abstração).<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA1pzVBlJ0s2RTQKmC1HXlhOaf7qHN4Tg5cXYgcGwHHT69xbEtnck9p1fiPlwebIFep544Clh6PrlehpvqPSU__2yso2w-MfOQgjNX3y2TeMnqLw8I6gYa1H_DY14cg6vQNHrKFPN8dnl2/s1600-h/GifChuva.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA1pzVBlJ0s2RTQKmC1HXlhOaf7qHN4Tg5cXYgcGwHHT69xbEtnck9p1fiPlwebIFep544Clh6PrlehpvqPSU__2yso2w-MfOQgjNX3y2TeMnqLw8I6gYa1H_DY14cg6vQNHrKFPN8dnl2/s320/GifChuva.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5254217357679947186" /></a><br /><br />Insistiam pra que levasse o guarda-chuva. -E pra quê?Ela dizia.Se a chuva nem está para cessar e nem para molhar de tudo?<br />Gostava de andar debaixo daqueles pingos finos e gelados que não a ensopavam,nem incomodavam. Apenas caiam, dando-lhe a sensação de que aquela chuva era a expressão mais bela de um ponto em comum entre as coisas. Um ponto que não era quente nem frio. Nem seco ou molhado, nem grande ou pequeno.<br />Quantas vezes temera o meio das coisas mas,principalmente das relações e sensações?<br />Sentia o meio como a conotação ruim da mediocridade. Como se fosse algum pecado não tomar partido algum e caminhar no meio de certas idéias.<br />Então um dia,descobriu a diferença. Entre tudo,todos,idéias e imaginações.<br />Existiam tênues linhas que permitiam ter a graça dos dois opostos. Triste era que até chegarem ali,nesta visão,demoraria muito. Mas muito mesmo. Porque a compreensão e aceitação das diferenças e ainda- o elo do comum entre elas- era visível apenas a quem abria as portas de sua sensibilidade.<br />Inumeráveis linhas,que tantos confundiam e faziam nós em seus novelos de ilusões. E muros. E grades com alarmantes defesas.<br /> Linhas como as que separam o amor da dependência, a sanidade da loucura, a firmeza da estupidez, a força da arrogância, a autoridade do autoritarismo, o bom humor da seriedade. E quais eram os pontos que separavam o homem do menino,a menina da mulher?Bem,estes,talvez,fossem os mais difíceis...<br />Mas, ...ela agora via o ponto de intersecção. Um ponto que ela guardava na memória quando nas difíceis aulas de matemática conseguira prender sua atenção para apreendê-lo naquelas àsperas palavras do professor,que ela pensava que a perseguia. Era difícil admitir a dificuldade naquela época,mas agora não era mais.<br />Voltara-lhe à memória este ponto quando de uma oração veio o sentimento de encontro. <br /><em>"O infinito amor de Deus flui para o meu interior e em mim resplandece a Luz Espiritual de Amor. Esta Luz se intensifica,cobre toda a face da Terra e preenche o coração de todas as pessoas com o Espírito de AMOR, PAZ, ORDEM e CONVERGÊNCIA PARA O CENTRO."</em>Ah,como agora se tornaram claras as coisas.<br />Aquele centro apreendia aquelas diferenças , que eram origens de tantas brigas e desentendimentos, desordens e desarmonias. Podia guardálo dentro de si e também espalhar como quem cultiva a Nova Terra.<br />Mas sabia do tempo certo para as plantações.<br />E continuava a caminhar então, silenciosamente, entre a centrada e insistente garoa que a fazia simplificar tantas abstrações . Entre a liberdade a insistência quanto ao guarda chuva. Que ela humanamente dispensava e divina e secretamente, carregava dentro de si para guardar as chuvas de incompreensões que torrencialmente caíam por sobre ela.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-60940033083204342452008-10-02T18:18:00.000-07:002008-10-02T19:08:58.735-07:00Fugas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbbn5Z237ivyD1EN_XUhbuPlYuZK_nGen5HaFVDuIzrM4NPJRXkeOonNJB22MnbV3ZBly-ggAXnCzg12Bz03HjOPApNuYcmam7JF5qQY7kWvVwVRlFvezOZ84Zt9ygiO17-NacZRqYMfVy/s1600-h/surreal_swinging_lowres.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbbn5Z237ivyD1EN_XUhbuPlYuZK_nGen5HaFVDuIzrM4NPJRXkeOonNJB22MnbV3ZBly-ggAXnCzg12Bz03HjOPApNuYcmam7JF5qQY7kWvVwVRlFvezOZ84Zt9ygiO17-NacZRqYMfVy/s400/surreal_swinging_lowres.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5252743652929653954" /></a><br />Um dia, contaram que ela havia se isolado.<br />E eu nem dei por falta, pois a convivência resumia-se a secas palavras trocadas em ocasiões que não se podia evitar, por que ah!, todas aquelas que se podiam evitar eram evitadas.<br />Já não notava mais de qual lado, visto que as ilhas,quando separadas por longas distâncias de mares azuis ou poluídos, já perderamm a noção dos lados.<br />Só sabia que aquele sol em comum a incomodava.<br />Se ambas viam a mesma luz, porque uma escolheu olhar para o brilho enquanto a outra insistia em prestar atenção às sombras?<br />Este incômodo a fazia respirar com dificuldade aquele antigo poder de escolha que lhes foi dado. Não absorvia aquele ar de indiferença, quando as visões que a cercavam insistiam para compartilhar os frutos e as flores que o sol ofertara...Ora!Aquelas sombras impediam que aquela habitante, ao mesmo tempo tão distante e tão próxima, desfrutasse desta gratuidade e beleza das coisas simples e imprescindíveis a sobreviver, ao Viver.<br />Então Eu recordava as palavras do profético Jeremias: "Que eles procurem você,e não você a eles". Porque minha procura foi intensa e exaustiva. E deixei-me guiar por um amor oracular. Um amor que nunca distinguiu as paredes que os erros e as consequências das preferências do ser amado impunham por entre e através os seres. Esquecia-me que opções alheias vez por outra viravam proibições para seus passos. Mesmo que fossem os mais sutis e rebuscados passos de amor. Não se pode adentrar espaços onde o isolamento fez morada e a fuga, fez-se a maior companheira.<br />Porque fugir é mais fácil. Mais fácil do que admitir,enfrentar, arriscar e crescer. É mais cômodo não se permitir os conflitos necessários à transformação. É Mais Para Só depois conseguir entender que se conquistou o Menos. Menos sabedoria e Evolução para além do Existencial...Menos lembranças de que se conseguiu ser você mesmo.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-51293990500318938842008-09-24T05:20:00.001-07:002008-09-24T08:55:54.112-07:00...Esvaziar-seAntes sentia inveja, Era como se os caminhos não percorridos trouxessem aos seus lábios cheios de sede uma penumbra de arrependimento... Era como SE. Pois naquela época apenas não entendia que os caminhos eram únicos, e ficava a fitar as palavras da amiga com a dor de quem não viveu. Ficava a olhar a paz da realização do semelhante como se lhe fosse incapaz chegar até lá. Ficava.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaGMCJgMYCPTBhQmGUIdPfFGT9EgsrIUppjFxPRXeHKIoTSe227v8uebfd_sKC60aEZwWjSdQnAbIvFdn0mCuZIYp8nc_KDYYmgwJclLxGeABt9NymHKjsYWQE1B4nPiXuiWpMYn0O0xTL/s1600-h/where_are_you_going.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaGMCJgMYCPTBhQmGUIdPfFGT9EgsrIUppjFxPRXeHKIoTSe227v8uebfd_sKC60aEZwWjSdQnAbIvFdn0mCuZIYp8nc_KDYYmgwJclLxGeABt9NymHKjsYWQE1B4nPiXuiWpMYn0O0xTL/s400/where_are_you_going.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5249615197005447618" /></a><br /> Que sensação inominável a de ficar, como se estivesse parada num ponto do tempo e seu ser retilínio pensava querer virar as voltas que todos que partiam dela experimentavam. Mas qual era a ilusão que não foi preciso mais que a pureza para acordá-la.<br />Não mais brilhavam em seus olhos o desejo de estar no lugar do outro. Dos outros. Das outras. (As amigas que percorreram caminhos que um dia ela sonhou). De que valiam as fórmulas,as viagens,os certificados e os relacionamentos expostos na vitrine de seus ouvidos? Não eram a vida dela. Porque a vida dela estava junto à calmaria de um gato. Estava junto ao simples, ao caminhar e olhar a estrelas como as formigas no chão. E sorrir com o espontâneo e estar junto aos anônimos. <br />Quão valiosos eram os anônimos de sua vida! O sucesso,agora... cheirava-lhe mal. E se um dia foi imprescindível, tornara-se agora um descartável vasilhame que ela transformaria em aprendizado. Porque a sabedoria era diferente das informações e do reconhecimento. Era quieta e silenciosa e deslizava por entre os dedos mais inimagináveis e evitáveis possíveis...dos outros. Aqueles outros que rejeitavam a plausível nudez dos simples. A plausível nudez dos pobres e grandes. Grandes,pra ela.<br />Grandes, para a sua calma adquirida e ainda delicadamente cultivada como um sol insistente que oferece a sua luz aos lugares mais recônditos.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-37586521390280889752008-09-18T14:51:00.000-07:002008-09-18T15:17:06.340-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic0lkbzXH4pTdI24KGgT9XelOxg_Ie51dZN0wSJTPsA1SCQlIlLwHSeciXWbr_yf2hdWsUZWUBbCoc2dhwSygP2UF9aKoXNUoKRFFbgkjo7khKCkqavEeByuWekf3VZaZTpp-YnYwkp48N/s1600-h/CAOS.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic0lkbzXH4pTdI24KGgT9XelOxg_Ie51dZN0wSJTPsA1SCQlIlLwHSeciXWbr_yf2hdWsUZWUBbCoc2dhwSygP2UF9aKoXNUoKRFFbgkjo7khKCkqavEeByuWekf3VZaZTpp-YnYwkp48N/s400/CAOS.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247488668726274210" /></a><br />Sair da visão.<br />Era expressamente o que buscava a cada passo naqueles dias apertados, onde a brisa se transforamava em vento gélido e cortante.<br />Observou as palavras não ditas e viu no afago do irmão, uma ausência.<br />A convivência revelava quem eram as pessoas e o tamanho de suas almas,seus medos e tempestades. Conviver consigo mesma era a maior revelação de que os tempos eram outros, e a vida deixara o seu brilho inocente para adquirir a luz melancólica de se saber responsável e consciente.Melancólica,mas não infeliz. Melancólica,mas não menos.<br />Não existia nem melhor nem pior. Nem mais nem menos.Todos eram o fluxo que corre para uma resolução, e a constância determinaria a ligação das raízes ao seu solo de crescimento.<br />Por vezes,sentia que recuava.<br />Via ainda as sombras de uma humanidade abundantemente perdida. E sentia-se tentada a perder-se...a voltar aos caminhos sem sentidos que pareciam permitir-lhe ser mais carente e pedinte descarada de amor.<br />Agora usava uma nova roupagem e os afetos eram pra ela como acessórios de luxo que vez ou outra ela se permitia receber.<br />Não,não era vítima. <br />As irregularidades e pormenores que deixaram suas raizes expostas a salvaram deste papel.<br />Nem era,tampouco, solitária.<br />Sabia dos que a queriam bem e pediam por sua luz. Então,ingrata também não era.<br />Talvez fosse estranha....Sim!<br />Evitou tanto tempo vestir aquela roupa que insistiam que lhe caía bem mas agora...ah!<br />Todos os ajustes foram feitos. <br />Sabia que já não pertencia àquela realidade, mas tinha como lição pertencer. <br />Caminhava então paradoxalmente pelas ruas do real e do suposto "irreal". Contraditoriamente, pelo menos na aparência...no que viam de aparência, pois que pra ela aparentar nada mais era do que Ser, ela...que também insistiam ser tão transparente.<br />Sair da visão,era o seu maior desejo.<br />E sentir de novo a brisa soar com leveza num coração renovado por uma nova fé.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-8810782559650944042008-09-13T15:10:00.000-07:002008-09-13T15:15:46.905-07:00From my best friend...to my blog!Apanhadão Literário.<br /><br />Dizem que ler é bom. Que enriquece o vocabulário, abre a mente, nos torna mais analíticos e faz de nós seres mais cultos. Mas acho que em todas as livrarias deveria haver uma placa dizendo: "Leia, mas não perca a sua personalidade, tampouco, sua essência".<br />Eu conheço e lido com muita gente e posso afirmar aqui sem pestanejar que, como é chato lidar com pessoas que eu nomeio de "Apanhadão Literário". O papo não flui legal. É uma citação literária atrás da outra. Você nota logo de início que o cara não tem idéias próprias. Ele defende teorias, contos, histórias e estórias alheias de forma visceral - não sei o que é mais chato: um cara contando um filme inteiro ou tentando resumir um livro.<br />Há quem se entupa de informações inúteis e parta para a guerra - o diálogo - e dispara a sua metralhadora de tolices no alvo fácil: o desinformado.<br />Há também quem, não tendo personalidade alguma, adapta-se à lição de moral que o último livro acabara de dar, esses são os piores. <br />Somos o que vivemos, não o que lemos. A leitura (quando bem empregada em nossas vidas), apenas complementa.<br />"Ler é uma verdadeira viagem." O triste dessa viagem é quando o viajante se esquece de desembarcar em si mesmo. ED.Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4093746764224799396.post-21648426229387765002008-09-11T16:07:00.000-07:002008-09-21T08:36:26.470-07:00Descobertas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Z_w-AToWnk0ZSFYkq4377Eq4uiB4BNMvr4Kj82JP_4yHpSA479e-AmBm9MJ1Y1iXE6zyOrDcrwwevw_Qo9BsMQwmyl7lGd4HKzjOJMSE41RgulaT1lLgNmhyphenhyphen7-hy-4FTTLC-C3mgE0i2/s1600-h/Homem+e+pap%C3%A9is.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Z_w-AToWnk0ZSFYkq4377Eq4uiB4BNMvr4Kj82JP_4yHpSA479e-AmBm9MJ1Y1iXE6zyOrDcrwwevw_Qo9BsMQwmyl7lGd4HKzjOJMSE41RgulaT1lLgNmhyphenhyphen7-hy-4FTTLC-C3mgE0i2/s400/Homem+e+pap%C3%A9is.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244924903390043154" /></a><br /><br />E havia um dia em que a palavra era a cor.<br />E deste dia se fizeram outros.<br />E o sol adentrava-lhe a pele pela janela da personagem,<br />A vida se debatia no roteiro dos questionamentos,das análises,<br />das indagações, dos porquês e dos grandes e pesados f-a-t-o-s.<br />Era-lhe impossível respirar sem a overdose dos extremos sentidos.<br />As significâncias que carregavam aqueles dias que um dia, ela chamou liberdade.<br />E é ser livre ver a vida pela lente das palavras e dos outros?<br />Pecado deveria ser, isso sim...<br />Não quando a visão fosse o instrumento do aprendizado das profundezas que deparam<br />o divino- o humano, o sonho e a realidade, o comum e o "extra-ordinário"...<br />Mas quando os personagens tomassem o posto da vida,o ponto da vida,<br />onde se encontram os sentimentos e as descobertas pessoais.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcM2Hxz0XHbKttVubCM62cinCHANqDroZfUb2CC1G0j7NRfpEMk0frxO7uB6NNMT1CN4z82EDb1B2UZHWqxH26jNM1_F2A3-0uFp6fjc9ewHacWSg8Z1_pibF-F7SHfL_xvO7GJUK0nQZ1/s1600-h/Oldtogehter.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcM2Hxz0XHbKttVubCM62cinCHANqDroZfUb2CC1G0j7NRfpEMk0frxO7uB6NNMT1CN4z82EDb1B2UZHWqxH26jNM1_F2A3-0uFp6fjc9ewHacWSg8Z1_pibF-F7SHfL_xvO7GJUK0nQZ1/s400/Oldtogehter.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244924151128789794" /></a><br /><br />Quão belo era a personagem de Guimarães Rosa, a cena de Graciliano Ramos,<br />Aquela outra reflexão de Machado de Assis e de tantos outros mestres da sabedoria universal que nos legaram a abrir caminhos de consciência...<br />Mas viveram,para expressar...<br />Descobriram pela única e expressa oportunidade de serem eles mesmos...<br />Passaram pelas mesmas esquinas e linguagens de poder que hoje nos cercam, as mesmas ordens e desordens que nos regem...<br />...a nós...<br />humanos orientados e des-orientados a viver diante de um sistema transferido por gerações e gerações.<br />A nós,<br />Divinos despertando para a condição.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKJpExDYJE0moGpwyITnH_e19IQ_kKmz5sxuA6D0w_gWnG5M4ykpkTdRTZfFrpHKIugEnzZBqn3KJWA7QsYfMAndiAIqGi5K9D-mHqKe8k3xnYY8GqW83QeuhSMBJ7C0mrGvEZQs8gxig/s1600-h/pingoseflores.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKJpExDYJE0moGpwyITnH_e19IQ_kKmz5sxuA6D0w_gWnG5M4ykpkTdRTZfFrpHKIugEnzZBqn3KJWA7QsYfMAndiAIqGi5K9D-mHqKe8k3xnYY8GqW83QeuhSMBJ7C0mrGvEZQs8gxig/s400/pingoseflores.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244928705974389378" /></a><br /><br />Com ou sem grandes ou notáveis alterações, é o sistema que nos leva a querer sempre mais das informações, a buscar o domínio do dito <em>" conjunto complexo dos códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva "</em><br />E me lembro de quantos morreram em defesa da ideologia do "Abaixo ao sistema"<br />e que seguiram a intuição que se respira nos dias de alegria imprevista e riso inesperado...<br />...choro contido ou escancarado...<br />E se entregaram...<br />...àquela graça gratuita de se ver vivendo as circunstâncias que foram o sentimento inicial para a criação de todo e qualquer personagem,<br />com cujas almas já contracenei,<br />com cujos sangues, já sofri,<br />com cujas vidas aprendi que todo ponto de partida é conjunto<br />é simultaneamente ligado entre nós,e as estrelas.<br />Entre nós e o espantoso imprevisto dos cotidianos interligados.<br />Entre nós e a surpreendente invisível rica linha da simplicidade.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_aaG6oAR-22xXOuH1Ye74RVUSNodLY1VFM2luxy__Bz1Ve4Y9otvBhyphenhyphenl9vkbx-3jLZiphNha_kvFQyePdSMGCMSpMl3f6trjuUlR_YqQkBihyphenhyphenfrNGLoMQygAMFxb5JW5MsalVxaIrGWa/s1600-h/felicidade_bolhas.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_aaG6oAR-22xXOuH1Ye74RVUSNodLY1VFM2luxy__Bz1Ve4Y9otvBhyphenhyphenl9vkbx-3jLZiphNha_kvFQyePdSMGCMSpMl3f6trjuUlR_YqQkBihyphenhyphenfrNGLoMQygAMFxb5JW5MsalVxaIrGWa/s400/felicidade_bolhas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244928118924903730" /></a>Fortaleza da almahttp://www.blogger.com/profile/04833428604524733453noreply@blogger.com0